Amigos

Depois da minha pequena família, o que mais amo no mundo são meus amigos!
E por sorte, de verdade, tenho muitos... o suficiente para encher minha casa, minha vida, meu coração! Tem aqueles que vejo todo os dias, tem aqueles que não vejo nunca (né Haus), tem aqueles que sempre ligam, tem aqueles que nunca ligam, tem novos amigos, tem velhos amigos e amigos velhos, tem quem faça questão de  um carinho, um chamego, tem que seja brabo e esteja sem falar comigo até agora - sei que passa -, tem quem me ame incondicionalmente, tem quem me odeie de vez em quando... tem de tudo e cada um é uma parte de mim.
Eu não tenho tempo de estar presente como gostaria, nem mesmo de telefonar o quanto gostaria. Mas sei que eles entendem e me amam do mesmo jeito.
Sou uma pessoa de velhos amigos, que cultiva relacionamentos que surgiram no jardim de infância! Meus amigos são como caixas de memória, que relembram fatos vividos há muitos anos, são a comprovação destes fatos e da minha própria existência, são minha identidade. E mais: estes eu sei que realmente gostam de mim e tanto faz quem eu sou hoje, o que eu tenho ou não tenho, se sou magra ou gorda, um sucesso ou fracasso!
Um vez cheguei a conclusão que não é possível ter dignidade quando seus amigos vêm da adolescência... na mesa sempre tem um que vai lembrar "daquela" cagada que você fez. Mas aquela cagada (e todas as outras) sou eu e fico imensamente feliz que tenha alguém para lembrá-la, para partilhar minha história, minha vida, alguém que se importe com isso.
Eu amo todos, incondicionalmente! Sou campeã em dar pitaco na vida alheia, mas este é meu lado mãe que sempre acha ser seu dever proteger e, fazer o que, controlar quem se ama. Sem falar que meu maior defeito é achar que sempre estou certa... argh! Mas no final, sempre estou...kkkkkkkkkkkkkkkk
Mas sou de uma lealdade canina. Amigo meu não tem defeito, amigo meu não erra, não tem chulé, nem espinhas, ao menos até a nossa conversa ao pé d'ouvido, porque daí a porca torce o rabo!
Eu defendo até o indefensável, eu me abraço e morro afogada junto, mas não viro as costas.
É este amor que ofereço, distante e ainda sufocante, por vezes tosco e ogro, primário para não dizer mais, um pouco irritante e nonsense, ciumento e exigente...
Tudo isso para dizer que existem pessoas que amo, muito, muito demais além da conta.
A inspiração veio do comentário deixado pelo Marco em um post, não só porque o Marco foi o primeiro homem a comentar, mas porque são poucas as pessoas que tem a benção de ter amigos como o Marco e a Giova para chamar de seus.
E vou dizer, estou até chorando.