Feminismo

Com sinceridade, tenho preguiça até mesmo de ouvir a palavra feminismo... quanto menos pensar no assunto. Eu trabalho demais, tenho filhos demais e tempo de menos. E aqui em casa todo mundo ajuda, eu cozinho, o Leo lava a louça. Eu dô banho na Bea, ele escova os dentes e pôe para dormir. E paga as contas quem tá podendo naquele mês.
E sem nunca ter me dado ao trabalho de sequer "pensar" no assunto, me tornei uma mulher rigorosamente independente, e acho que essa deveria ser a aspiração máxima do feminismo. E assim foi porque estudei muito, trabalhei muito e levei minha vida a sério, como TODOS devem fazer, homens ou mulheres.
Não suporto, NUNCA suportei, quem se faz de vítima e fica reclamando da vida. Ora, fez suas escolhas béibi, aguenta e não vem agora reclamar! E tudo são escolhas na vida e ser independente é conseguir aguentar as consequencias dos seus atos, SOZINHA, sem correr para ninguém e sem reclamar. Isso é indepêndencia, você faz o que quer e aguenta o que vem depois. Simples assim e vale para ambos os sexos.
Daí, nessa blogosfera demeudeus acabo esbarrando em textos feministas de todos os tipos e as autoras se engalfinham em praça pública porque não se acertam quanto ao direito de exibir o próprio corpo (se é que entendi) e outros quetais. E os homens? Lógico que tão rolando de rir e sapateando. Depois de tudo, tenho que concordar com o engraçadíssimo Gravataí Merengue e suas Dicas do Gravata: Como Namorar Feministas, aliás dei boas gragalhadas! Em tempo: eu defendo os machistas, afinal assim como as mulheres podem ser feministas, porque eles não podem defender o seu? Liberdade de expressão, liberdade, liberdade... esta palavra não vale apenas para as mulheres...
Li cada asneira...  me deu até saudades dos trotskistas do centro acadêmico de história, eles tinham mais bom senso, e eram mais leves mesmo quando achavam que a solução dos problemas mundias passava pelo extermínio em massa de todos que discordavam.
Tenho pavor da sociedade doente em que vivemos, sexista, consumista, voyerista, pornográfica. Mas vamos combinar que ela é assim porque homens e mulheres estão de acordo que assim seja. As mulheres não se expõe de forma grotesca apenas porque os homens as querem ver assim, mas porque isso as satisfaz, basta ler a revista NOVA com olhos críticos para entender o que estou dizendo.
Estou falando do Brasil e não do Sudão ou do Irã, e saibam, há uma grande diferença. Por isso me irrita tanto este discurso feminista da eterna vítima. Ser livre e independente traz a responsabilidade de arcar com seus atos e escolhas. Então, me desculpem, mas não dá para ficar culpando os homens eternamente pelos nosso “sofrimento”, porque ele é o resultado de nossas escolhas, nada mais.
E somos responsáveis pelo mundo em que vivemos e pelo que virá, principalmente as mães. Se queremos que algo melhore é preciso bem educar nossas filhas e filhos. Porque de nada adianta falar tanta besteira se em casa as meninas lavam a louça enquanto os meninos jogam video game.
Tão pouco adianta criticar os machistas se NÓS mulheres continuamos a nos portar como objetos de consumo e nos embrulhamos para presente todos os dias. Liberdade sexual é excelente e bem vinda, mas ela se torna um problema quando descamba para o exibicionismo e a pornografia pura e simples.  Vaidade sempre é bem vinda porque reflete o cuidado com nosso corpo, mas a busca pela eterna juventude é doença.
Etc... etc... etc... esse assunto me dá uns 3 tipos de preguiça.
É preciso ter bom senso, como em tudo na vida.