Google+ minha casa, meu mundo: Bitty Booties

24 de setembro de 2009

Bitty Booties

Estes sapatinhos são fofos, muito fofos...
***
Fiquei pensando no que vocês escreveram sobre a Tóia que só conversa e não quer saber de estudar. Eu também só conversava, fui uma adolescente terrível! Mas eu estudava e muito! Sempre fui excelente aluna, primeiro lugar e tudo mais. Eu realmente gostava de estudar, então a bagunça nunca atrapalhou minhas notas e como eu era boa aluna na verdade tinha um crédito quase infinito com as freiras, até que pichei o muro do colégio... aí a conversar mudou, tenho que confessar. De qualquer forma, passei em primeiro lugar no vestibular, com direito a foto no jornal e tudo mais e continuei excelente aluna na faculdade, mas sempre bagunceira, da turma do fundão e etc.
Por isso, a questão aqui em casa não é ter comportamento irrepreensível, mas dedicar-se aos estudos com responsabilidade e tirar notas boas! Mas a Tóia desde pequena nunca quis saber de estudar, nunca. As notas sempre péssimas, todos os anos passa raspando e tem aquele pensamento: na recuperação eu me dou bem e realmente ela consegue passar. O que mais me irrita é que ela é uma menina muito inteligente, e isso não é conversa de mãe coruja, ela realmente se sobressai. Mas a preguiça é atroz! E se deixar, fica o dia inteirinho no computador!
Todos os métodos já foram tentados. Os modernos (ela tem acompanhamento de professores, psicopedagoga e psicóloga) e os antigos (castigos e até umas belas palmadas), nenhum dá resultado, ela continua do mesmo jeito! Gostaria de saber como quebrar esta inércia.
E quer cursar publicidade, ou seja vai ter que ter uma nota altíssima no ENEM para entrar em uma boa universidade, ainda mais em tempos de cotas, quando sobra poucas vagas para brancos de classe média. Mas parece que ela não percebe nada disso. Eu sei que ela é nova, que ainda é cedo, que vai ter a vida toda pela frente... mas infelizmente nosso sistema educacional exige que os adolescentes tenham responsabilidade até mesmo para acertar sua profissão aos 17 anos!
Eu não consegui fazer esta escolha. Cursei pedagogia, história, filosofia e acabei me formando em Direito 7 anos depois de muitas andanças pela universidade sem saber ao certo o que queria para minha vida. Não me arrependo dos anos que "perdi", aproveitei cada curso que fiz e eles ajudaram muito na minha formação.
E eu fico aqui pensando no que fazer para a Tóia gostar de estudar, ter responsabilidade, não para minha satisfação pessoal, mas para que ela tenha uma profissão que goste e que lhe possibilite uma vida digna e plena. Ou seja, para que ela seja feliz na vida adulta. Conheço muitos adultos frustrados (pessoal e financeiramente) com sua profissão e vejo o quanto isso atrapalha suas vidas em todos os níveis. Não é apenas uma questão de ter sucesso e ganhar dinheiro, é mais do que isto, é ser feliz e ter prazer na carreira que escolheu. Mas para isso é preciso muito estudo e dedicação ainda na adolescência.
Ou não, porque conheço adultos inteligentíssimos que sempre foram alunos excelentes, cursaram a melhor universidade e fizeram doutorado no exterior que mesmo assim odeiam a profissão que escolheram e são profundamente deprimidos por conta disso.
Qual a receita da felicidade e da realização pessoal? Acho que esta é a questão que todas as mães se impõe quando os filhos chegam na adolescência. Porque enquanto são pequenos tudo é fácil e divertido, qualquer criança gosta de ir para a pré-escola ou 3a série primária. Mas quando eles crescem e a vida adulta se aproxima é que vemos o tamanho de nossa responsabilidade na condução de suas vidas. E é um período relativamente pequeno. Em 4 anos a Tóia tem 18 e, tecnicamente, é adulta e dona de seu nariz.
Renovo a pergunta: Qual a receita da felicidade e da realização pessoal?

13 comentários:

  1. Nâo existe receita pronta pra felicidade amiga, é um caminho difícil e tortuoso, mas garanto que se você entregar a sua vida, a da sua filha na mão de Deus tudo terá uma solução, reze por ela, para que ele proteja o seu caminho.
    Peça e ele atenderá.
    Beijos
    beijos

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  2. Fazendo perguntas dificeis!
    E perguntas de existencialismo!!!!!!!!!!!!
    Receita da felicidade, é saber ser feliz como as pequenas coisas, com um chocolate quente no Inverno, com o Sol no Verão, com as flores da Primavera... e por aí fora. temos que encontrar todos os dias algumas coisa que nos faça ser feliz.
    Realização pessoal, é ter prazer com o que se faz, com a profissão que escolhemos para nós.
    Acho eu!
    Olha deixa a Tóia descansada, eu com 14 anos também não sabia o que escolher na vida, odiava estudar, mas aí um dia deu um clic, passei a estudar, me formei em engenharia,, hoje nem faço disso minha profissão, mas sou feliz assim.
    não sei se ajudei se compliquei mais....
    beijos da Sónia

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  3. oi..

    sabe esse desabafo que vc fez, porque vc não fala para ela ler e depois as duas conversarem sobre o assunto , ela colocando os pontos dela e vc os seus, nada como começar um dialogo com o COMO VC ACHA QUE PODEMOS RESOLVER ESSA SITUAÇÃO ?..a solução de uma certa forma partirá dela, com a responabilidade que terá com a resposta passada a vc , afinal foi ela que assumiu a responsabilidade, sei que solução mágica não existe, mas uma resposta clássica acaba resolvendo tudo NADA QUE MUITO AMOR NÂO RESOLVA !!

    Um grande abraço

    Tânia Silvia

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  4. Oi Lu, meus filhos são ainda tão pequenos, e o Neco tem verdadeira paixão por livros e pela escolinha!
    Mas fui uma adolescente muito complicada, daquelas que davam trabalho, cabulavam aulas( ta certo que eu cabulava aula e ia pra biblioteca do colégio estudar, mas cabulava), até que um dia já longe de casa, conheci uma psicopedagoga que me explicou como minha mente funcionava, me deu um livro chamado "inteligencias multiplas" pra ler e eu entendí que apesar de ler muito e amar isso, eu gosto de aprender na prática, em lugares, em museus, exposições, cursos rápidos, só tive que unir tudo isso com responsabilidade, pra fazer o que deve ser feito. Mas me lembro de ter ficado impossivel, eu estudava só pra encher a professora de perguntas e questionamentos, kkkk
    Mas, sei lá, cada filho e cada mãe são tão diferentes, se ela quer ser publicitaria, pq não procura uma agência e não pede pra que ela acompanhe o trabalho deles por uns dias, se for isso que quer fazer, ela se esforçará mais pra chgar onde quer. pode não ser preguiça, mas desinteresse, ou ela pode estar gritando por socorro em silêncio, talvez ela queira fazer algo, um curso, um hobby, uma coleção, use isso como incentivo
    Nossa quantas dicas, é tão fácil dar palpite na vida dos outros
    Beijinhos

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  5. Como a colega disse, é tão fácil dar palpite na vida dos outros...minha filha também não gosta muito de estudar (e ela só tem 9 anos!). Eu e meu marido somos pessoas intelectualizadas, inteligentes, sempre fomos excelentes alunos, gostamos de programas culturais....e isso parece não surtir efeito nela. Portanto só o exemplo dos pais não basta. Ou seja, não podemos apenas nos culpar. Aqui em casa o que funciona é gastar muuuuuita saliva, conversar, dar apoio, exercícios extras, elogios, broncas....afe...é difícil....aos poucos estou conseguindo certo avanço...espero que ela desabroche antes da adolescência, porque realmente deve ser muito mais difícil depois.

    Quero, assim como vc, que meus filhos tenham uma vida adulta plena e feliz. Mas a gente se desgasta tanto pra isso...será que eles darão valor quando forem adultos?

    Vejo outras mães "bombardeando" os filhos de informação, cursos, aulas...tudo ao mesmo tempo. Ninguém tem mais tempo de curtir as delícias da infância (ou da adolescência). Me vejo dividida entre dois comportamentos: criar meus filhos para o Coliseu lotado de leões que eles enfrentarão na vida adulta, ou deixá-los curtir ao máximo a infância???? Será que existe um meio termo??? É atrás desse meio termo (pode chamar de bom senso também) que estou correndo atrás...

    Querida, toda mãe tem a palavra "culpa" como sobrenome.

    Bjs

    Bj

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  6. Gostei mto de lêr o comentário da Patricia, porque por mais que nós façamos vamos sempre sentir culpa, de não ter feito mais ou melhor. Acho que temos que conversar mto, repetir mto o sermão, porque alguma coisa deve ficar naquelas cabecinhas e depois temos que confiar que elas sabem que a felicidade delas depende só e apenas das escolhas delas. Isso faz parte do crescimento.Mila

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  7. Oi Lu,
    Te entendo bem, fui uma adolescente exatamente como você... E as freiras cansaram de chamar minha mãe para dizer "a Lia é tão boa aluna, pena que não fica quieta..." Até que, há pouco tempo, descobri que eu era hiperativa. E bem, minha filha também. Nos mínimos, mas é. Hoje ela sabe lidar com isso, mas às vezes "se passa". Além do que a própria idade assim o exige.
    Você sabe onde estudei e me formei, mas minha atuação profissional foi para o lado da educação (Graças a Deus!! hahaha, seria uma péssima advogada!) e psicopedagogia. E te digo que, mesmo com toda essa pedagogia, quando a coisa pega a resposta é: "você vai estudar porque vai e se quiser sair melhor aumentar essas notas e já". E juro que a Gra já ficou dois meses sem colocar o pé pra fora de casa por conta de notas baixas. Não por "birra" minha, mas porque quero ensiná-la a tal da "responsabilidade".
    Não há receita, amiga. Mas tenho certeza de que tudo que se ensina agora fica para toda a vida. O problema é que o resultado nós, pais, vemos a longo prazo...
    Beijos e sorte com a sua Tóia linda!

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  8. Lu
    Não posso dar grandes concelhos que ainda não sou mãe, apenas posso partilhar a minha experiência, que revi-me nas suas palavras sobre a Toia.
    Eu era assim preguiçosaaaaaaa! Mas com o tempo foi passando, acho que faz parte do amadurecimento. Acabei por tirar um curso na faculdade e hoje tenho um bom trabalho, minha casa e acima de tudo sou feliz. Vai ver que a Toia vai despertar a tempo e ter o mesmo (ou maior)sucesso!

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  9. Li,todos os comentarios ate chegar até ao fim,não me formei em faculades, mas posso garantir que sou feliz,adoro a minha profissão e creci muito em todas as formas. Claro que estou de acordo com todas,não é facil sermos mães, pais.Custumo dizer que ao longo dos anos fui aprendendo muito, só me falta a escola das mães.Não somos todos iguais, mas todos acabamos por ter os mesmos receios em relação aos filhos.
    Tambem meus filhos na escola me deram e me dão dôr de cabeça,se alguem tiver a formula de passar a mensagem aos filhos(e que eles a decorem) que a escola é importante,que o futuro deles passa pelo que vão fazendo, me ensinem por favor.
    Tenho paixão pela leitura, um dos meus filhos nem pega num livro, e o outro muito o raramente o faz,e claro que desde pequenos que o tento, assim como tantas outras coisas.
    Mas no final apenas os queros felizes, e isso sei que são.Que Deus nos ajude a encontra formas de os ensinar.
    A todas que sejam uma familia unida, feliz.

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  10. Oi Lú....como pode ver a receita não é fácil, é de cada uma a missão de encontrar os ingredientes adequados e a dose certa. Assim como vc, sempre me preocupei e caminho buscando ainda receitas. Mas nada como um dia após outro.
    Não desanime, que o tempo será o melhor para aos poucos aprender tanto vcs pais como ela.
    Existe uma estória que sempre citei, é a respeito de uma menina que chegou e perguntou a mãe; - de onde eu vim...a mãe se acabou de explicar e fez um baita discurso de sexualidade. Ao terminar a filha disse bem tranquila ...ué mamãe, minha coleguinha veio do Japão.
    E é por aí...às vezes o nosso tempo não é o deles e vice versa.
    Bjin...namastê...Cybele.

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  11. Lu, a minha filha tb não gosta de estudar ...
    Lendo tudo o que vc escreveu e todos os comentários que vieram depois das leitoras, ainda assim não vi uma luz para resolver nossos problemas.
    Hj para vc ter uma idéia, depois de faltar aula desde 2ª feira, perdemos a paciência com ela, eu disse que se ela reprovar por faltas, no ano que vem coloco num colégio interno.
    A menina acabou por passar mal e foi parar no plantão do hospital de tão nervosa que ficou.
    E assim vamos, desde a 1ª série, já fizemos de tudo, como vc, psicopedagoga, psicóloga, psiquiatra, medicação prescrita por ele...., castigos, palmadas, brigas, discussões ...
    E ela sempre com recaídas, e é uma ótima aluna, tira notas boas, aprende com facilidade, mas não quer ir para a escola. Se puder passa o dia todo na frente do computador ouvindo músicas.
    Tem horas que penso em deixar de lutar tanto, afinal tantas pessoas nunca estudaram e tem sucesso da vida.
    Afinal o que é mais importante?
    Eu ainda acho que a receita do sucesso ou fracasso de alguém é ter auto-estima elevada e ter recebido muito amor dos pais. Isso sim faz diferença, e muita, na vida de alguém.
    bjs
    Edir

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  12. As vezes acho que é um problema desta geração em que tudo é muito rápido e descartável. As informações voláteis e superficiais. Daí, é lógico que estudar física ou história fica chato~, muito chato. O problema é que nossos filhos adolescentes são uma geração intermediária entre o tradicionalismo da lousa e do livro e o modernismo da internet. O passado e o futuro. E nós, o passado (que somos os educadores) ainda não conseguimos estabelecer um diálogo com este futuro tão ágil. Nós, por mais plugadas que sejamos, não temos a habilidade que nossos filhos têm para manter a atenção em milhares de atividades ao mesmo tempo. E não compreendemos isso.´
    Acho que apenas os filhos de nossos filhos serão compreendidos e terão uma escola que acompanhe seu cérebro tão diferente (até morfologicamente) do nosso.
    Enquanto isso, nós, o pessoal do século passado, seguimos insistindo nos livros e nas decorebas absurdas. Porque me diga: qual a vantagem de saber o dia do desembarque na Normandia se vc não é capaz de compreender o que significou a 2a Guerra para o Ocidente?
    O problema é que não sei como fazer minha filha compreender a importância de estudar os livros e fazer a lição. Fazê-la entender que tudo isso é importante, muito importante.
    E assim seguimos, entre erros e acertos.
    Beijos

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  13. Lu, receita acho que nao tem, pois cada um de nos tem um jeito diferente de lidar com as coisas. Que essa geracao eh meio... digamos desligada eh certo. Aqui tambem nao eh outra coisa, meu filho esta no sexto ano e a gente tem de ficar ampurrando aqui e ali, tambem ja recorremos a psicologo e por ai vai. So nos resta levar essa tarefa ate o fim e esperar em Deus que eles se encontrem na vida e tomem a decisao certa na hora de escolher a profissao. Bjs Jane

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Obrigada pela visita!

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