Pantufas e alguns pensamentos

Que tal pantufas fofas para a Páscoa: AQUI

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Este blog ficou abandonadinho no fim de semana. Mas não é descaso. Eu fui para a Ilha do Mel ver os trabalhos finais do projeto do Leo sobre os Pescadores de Tainha, o livro e o filme serão lançados em julho. Levei o computador, mas quem disse que tinha sinal... não consegui conexão de forma alguma.
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Evidentemente o resultado do Júri dos Nardoni não traz felicidade a ninguém, como qualquer júri. Felicidade haveria se este júri não existisse e Isabella continuasse viva para comemorar seu aniversário em poucos dias.  Mas de qualquer forma, ainda que não a traga de volta, serve para apaziguar a dor da família e para informar a sociedade que as penas são severas, coibindo outros crimes da mesma natureza.
Acompanho este caso desde o começo. Porque fiz muitos Júris na vida e porque tenho duas filhas. Acompanhei da melhor forma possível a colheita das provas desde 2008 e segui atentamente os cinco dias de Júri, por isso digo com tranquilidade: o trabalho dos peritos e do Promotor de Justiça foi brilhante e irretocável.
Falo como mãe e cidadã, já que, por dever funcional não posso comentar qualquer decisão judicial, minha ou de outros colegas. Mas como cidadã posso afirmar com convicção: o que condenou o casal não foi o clamor popular, mas sim as provas técnicas produzidas.
Este clamor, esta pressão, é comum em cidades do interior, onde, em alguns casos, os Júris são acompanhados de perto pela população que lota os plenários e faz manifestações pela condenação.
A novidade neste caso é que o clamor ocorreu em uma grande cidade onde normalmente os crimes se diluem entre tantos outros de igual crueldade. Nas grandes cidades estamos tão amortecidos pela criminalidade que nem nos damos ao trabalho de ficar indignados.
A imprensa neste caso fez seu trabalho, tanto que antes do indiciamento do casal ela os tratava como vítimas e lhes deu espaço nesta condição (eles apareceram até no Fantástico).
No mais, os crimes contra vida são de tal gravidade que a Constituição determina que eles não sejam julgados por um Juiz togado, mas sim por cidadãos comuns que representam a sociedade e seus valores. O homicida tem o direito de ser julgado por seus pares, por pessoas comuns que não irão analisar as provas com o olhar técnico e frio de um Juiz. Então, aqueles sete jurados se pré-julgaram o caso apenas repetiram o sentimento de toda a sociedade, cumprindo o dever constitucional que lhes é imposto.
Mas não vejo desta forma, não acredito que a condenação é fruto de pré-julgamento, mas sim, resultado das provas apresentadas e da lógica, que sim é prova das mais importantes.
O Tribunal do Júri é uma caixinha de surpresas. Fiz muitos na minha vida e vi réus evidentemente culpados serem absolvidos e outros, quando seria impossível saber a verdade, serem condenados. O Juiz Togado nada pode fazer a respeito, a conclusão dos Jurados é soberana e pouco importa se concordamos com o resultado ou não, só nos cabe lavrar a sentença.
A sentença não traz a vítima para sua família, mas conforta o coração de quem sofre uma perda irreparável. É o máximo que se pode fazer nestes casos.
Que esta família possa recomeçar a vida.
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Sobre o BBB:
A vingança é um prato que se come frio. Sem nenhum participante para torcer, já que o Dicesar foi eliminado no sábado, pulei de alegria ao ver a participante que mais odiei neste programa ser eliminada no último paredão, dois dias antes da final. A cara de espanto da Lia valeu toda a decepção que senti a cada paredão em que saiam aqueles por quem eu tocia. Me diverti porque vi aquela cobra ver a chance de disputar o prêmio escorrer entre seus dedos. Isto sim é morrer na praia, fez tanto, gritou, xingou, manipulou, mas o público a tirou no último paredão! Foi um castigo excelente!
Para mim agora pouco importa quem vença, porque nenhum dos 3 merece. Cadu porque é um bobo alegre, sem personalidade e manipulado por qualquer um; Dourado porque é um grosseirão ignorante; Fernanda porque é uma patricinha com cabeça de vento.
Destes, a melhorzinha é a Fernanda, que ao menos no final percebeu quem era Lia, Cadu e Dourado. E nos fez o imenso favor de tirar do programa a pior pessoa que já vi nestes 10 anos de BBB. E olha que desta porcaria eu entendo...
Beijos.