Hoje escrevi sobre o tempo, ou falta de. E os comentários me fizeram pensar mais ainda.
Algum tempo atrás li uma entrevista com um urbanista famoso (cujo nome não lembro) e ele disse com todas as letras que as grandes cidades não têm solução e que as pessoas deveriam voltar a morar nas pequenas ou médias. Ele tem toda razão, a qualidade de vida que temos no interior é inacreditável.
Eu morei muitos anos no interior do Paraná, inclusive em cidades minúsculas. Teve uma, Catanduvas, que nem padaria tinha, mas eu era imensamente feliz e, mais, eu tinha todo o tempo do mundo, ainda que trabalhasse muito mais do que hoje (porque não tinha assessores ou estagiários para ajudar).
Em uma cidade pequena tudo é mais simples. Começa que não tem trânsito, aliás nem mesmo sinaleiros, qualquer lugar é perto. Em menos de uma hora você passa no mercado, no banco e na farmácia, é possível fazer tudo a pé. Como não existem muitas opções qualquer compra é rápida, mesmo roupas, sapatos e brinquedos. São poucas lojas e poucos produtos e nos acostumamos a comprar o que tem e, com sinceridade, eu não sentia falta de nada.
E ninguém tem pressa... as pessoas param para dar bom dia, mesmo os desconhecidos sorriem ao passar. Todos sabem o nome de todos, quem são, o que fazem. Há tempo para uma conversa no balcão do açougue, na entrada da escola, no intervalo do café. Sempre existe uma vizinha disposta a cuidar dos seus cachorros quando você viaja e outra que te manda um pão ou um bolo fresquinhos no meio da tarde. Antes de mais nada as pessoas são solidárias.
Eu voltei para Curitiba há 3 anos e não me acostumo, não gosto e pronto. Para falar a verdade, a cidade em que nasci me engole e me faz mal. Escolhi morar na zona rural exatamente para preservar um pouco da vida que tive no interior. De qualquer forma, todos os dias eu tenho que ir até a cidade para trabalhar e este é o meu inferno particular. Mas quando estou aqui o tempo é lento, preguiçoso e as pessoas te dão bom dia ou acenam com a mão quando passamos pela estradinha. TODOS acenam, é impressionante.
Perto daqui tem um centrinho de comércio, meia dúzia de lojas, quitanda, mercadinho e farmácia. É lá que faço pequenas compras de todo dia, não gasto mais do que 30 minutos para ir, comprar e voltar. As vezes não tem o que quero, mas não é preciso mais. Uma vizinha me traz pão, a outra ovos, a outra verdura, o outro lenha. Aqui plantamos feijão, milho, abóbora, batatas, cebolas, batatas doces, morangos, couve, alface, cenoura e uma infinidade de outras miudezas. Agora descobri uma vizinha que produz orgânicos e entrega em casa. Se quiser tem leite e creme fresco, mas eu implico com o gosto muito forte.
Gosto de olhar o campo e ver sua falsa imobilidade. Todos os dias a paisagem aparentemente é a mesma, mas ela muda conforme o tempo da natureza. Há a época do milho, do trigo, do feijão. Algumas vezes, como na quaresma, as galinhas não botam e é difícil achar ovos. Quando está muito frio as vacas dão pouco leite e as verduras são difíceis de encontrar. Tem o tempo das chuvas, quando o rio alaga tudo. Tem a estiagem, quando tudo fica amarelo. Tem a época dos ventos. Aqui aprendemos quando vai chover, porque existe uma brisa e um cheiro caracterísitcos. Quando uma tempestade se aproxima os bichos ficam inquietos e os passarinhos levantam vôo, basta olhar para o horizonte para ver a parede cinza da chuva se aproximando. Quando o céu fica vermelho e as nuvens fazem cristas de galo vai esquentar e vem a estiagem. O mesmo quando a lua tem um halo. Quando venta o sul faz frio por três dias. E quando esfria e o céu fica sem nenhuma nuvem vai gear. Quando aparece a primeira flor do ipê é porque acabou a época das geadas.
Viver no campo é um eterno exercício de paciência. Aprender a esperar acalma e conforta, faz desaparecer a ansiedade, simplesmente porque compreendemos que nada pode ser como queremos na hora em que queremos. O feijão vai demorar tantas semanas para germinar, para brotar as vagens e para poder ser colhido. Tudo tem seu tempo e ele não é medido em horas, mas conforme os caprichos da natureza. Plantar uma árvore e esperar anos para ela dar frutos é uma lição que nenhuma escola pode dar aos nossos filhos. É preciso regar, cuidar, podar, olhar todos os dias e correr contar que já tem brotinhos, logo vai florescer e depois que as flores cairem virão os frutos, é preciso esperar amadurecer, ficar no ponto e então comer. Tempo...
Para acreditar que o relógio não comanda nossas vidas basta perceber que na roça o sono vem cedo, porque a noite é escura como o breu e o silêncio é absoluto, nosso corpo sabe que esta é a hora de dormir, naturalmente vamos nos acostumando a dormir cedo e acordar cedo.
Sonho com o dia em que não precise mais ir até a cidade, para nada. Este é meu projeto de vida, viver o tempo do campo, das estações, do amanhecer e do entardecer. O tempo da fome e do sono, de trabalhar e descansar, pouco importa que horas são no relógio, o que vale é o tempo que temos em nós.
Um beijo
Lu
Sigo seu blog faz algum tempo, leio ele pelo reader... E concordei com o seu primeiro post de hoje, mas esse segundo achei ainda mais legal... Onde vc mora? Eu moro em Campo Largo, e tenho essa mesma impressão de vida no campo, a avó do meu marido planta coisas aqui... me identifiquei tanto...
ResponderExcluirCaramba Lu, quem é você, inspirada às 22h da noite? Menina, arrebentou no texto hein?
ResponderExcluirPior é que eu quase chorei, porque concordo em gênero, numero e grau com tudo o que você falou. Principalmente a historia de que eu deveria ter nascido na Idade Média, como você disse no post anterior. Vim de uma cidade do interior onde as coisas acontecem do jeitinho que você falou. Lá, é mais facil ficar ao ar livre e sentir que a brisa mudou e vai chover. Ou que o tempo está fechando, ou que a primavera está chegando. Nessas cidades de cimento, em que a gente fica trancafianda em uma sala com ar condicionado o dia inteiro, não se vive de verdade...
Beijoca!
Eu tenho uma invejinha branca de vc... rs
ResponderExcluirAinda mais porque concordo com quase tudo que escreveu, e morro de vontade de viver no campo!
Xêros
Paty
Concordo plenamente!Você descreveu como me sinto realmente!,mas preciso morar aqui mesmo, em S. Paulo, capital. Conheço Curitiba e comparada à essa minha loucura, ainda dá para encarar. Meu marido tem uma empresa de eventos e e faz o programa da APAMAGIS, então, sem chance alguma de mudarmos daqui. Sua vida é turbinada. Para tentar amenizar, compramos um terreno e estamos construindo uma casa com quintal de campo, 1250m2 repletos de árvores frutíferas e farei uma horta. Não é muito, mas para cá tá bom demais!!! Aproveite por nós o alvorecer no campo e continue a nos inspirar com esses textos lindos! Bjs
ResponderExcluirOi Lu!
ResponderExcluirDepois desse texto, só posso suspirar! Moro num bairro afastado e os anos passados aqui são extamente como vc descreve, mas infelizmente resolveram construir uma rodovia no meu bairro e o meu inferno pessoal já começou...(snif), então espero que pelo menos vc continue no seu paraíso pra poder contar pra gente!
Um bj gde
Wanessa
Bom dia,
ResponderExcluirLú
Eu vivo numa aldeia e gosto muito de aqui estar.
Vivia numa cidade praiana tendo a vista do mar todos os dias.
A vista do mar é o que me dá saudades,pois aqui é só serras.
Tenho carinho de todos os lados.
Ontem mesmo ganhei uma dúzia de ovos.
Fico feliz quando uma sementinha brota,quando uma árvore dá flor e depois o fruto.
Quando vou a civilização como brinco não vejo a hora de voltar para casa.
Não é preciso grandes hipers,lojas fabulosas,tem tudo que precisa há 10 minutos de casa.
A única parte de que não gosto é do inverno,apesar da casa ser aquecida.
E este ano por aqui foi muito chuvoso e até neve teve,mas agora que a primavera chegou minhas tulipas estão lindas!
Adorei os seus textos pois tá tudo ali!
Beijos
majori
Adoro seus pensamentos!
ResponderExcluirOlha, eu cresci numa pequena cidade à beira mar, onde toda a gente se conhecia até demais....
Entretanto casei e fui morar num apartamento, numa cidade maior longe do mar, dei em doida!
Depois, devido ao trabalho do marido, fui viver no Alentejo, zona interior de Portugal, numa pequena vila com cerca de 5600 habitantes...
Custou-me a adaptar viver lá, já que vinha de uma grande cidade, mas depois com o tempo habituei-me ao silêncio, tive andorinhas fazendo o ninho lá em casa ( que era um sonho que eu tinha desde a infância e se realizou!), a gente deixava a chave na porta e não havia ladrão que entrasse...a gente ia na estrada e via bandos de cegonhas, águias voando na nossa direcção...coisa que você não tem na grande cidade.
Agora, estou vivendo na capital do país, Lisboa, apartamento de novo, barulho, muita gente... mas tive a sorte de estar a viver numa rua calma, onde a vizinhança se conhece desde sempre.
Ano que vem vou morar para outra cidade, mas ainda não sei onde.
O que posso dizer é que sinto saudades de todos estes lugares onde vivi, apesar de todos serem diferentes, sinto saudades da praia da cidade onde cresci, sinto saudades do silêncio do Alentejo, e sei que vou sentir saudades daqui...
Apesar de mudar muitas vezes de casa e de zona do país, acho que isso é um privilégio, porque só assim a gente conhece verdadeiramente o nosso país.
Mas meu sonho é que nem o seu, viver numa casinha com quintal, com árvore de fruto, ver os legumes crescer na terra...
um dia quem sabe..
beijos
Oi Lú! Bom dia! Estou, por esses dias, pensando exatamente em como fazer o meu dia render mais... Sinto necessidade de desacelerar, apesar de já ter uma vida bem mais tranquila do que nos primeiros anos de profissão. Não dou mais plantão; trabalho em meu consultório e faço auditoria médica na secretaria de saúde. Moro em uma casa com quintal, fogão à lenha, que nunca usei em quase 4 anos...rsrsrs, enfim meu marido e eu, quando construimos, procuramos imprimir um clima de roça à nossa casa, e, conseguimos. Porém este tempo a mais que tanto desejamos ou talvez simplesmente uma desaceleração, como vc abordou tão bem, é que é difícil de se conquistar.
ResponderExcluirMas vc concluiu com uma frase que é muito interessante:O que vale é o tempo que temos dentro de nós.
E eu estou atrás deste!
Beijos.Que Deus abençoe o seu dia!
Lu,
ResponderExcluirAchei realmente lindo o seu texto e serve exemplo, por ser uma opção de vida. Eu, que nasci, fui criada e ainda moro no Rio, não sei como seria morar numa cidade pequena e quieta. Eu trabalho na Baixada Fluminense, e passo os dias entre cidades pequenas. Confesso que quando tive que fazer audiências em cidades muito pequenas, sem a possibilidade de voltar pra casa, me senti angustiada, porque não havia nada para fazer, a não ser comer, dormir e ver televisão. Mas numa coisa a gente concorda: é muito bom poder resolver a vida da gente de forma rápida, sem precisar pegar filas intermináveis. É por isso que, apesar do bairro em que resido não ser nobre, ele me atende por completo: em 5 minutos estou no Metrô; tenho condução farta; em 2 minutos chego ao mercado, tenho hortifruti por perto, bancos, cinema (que eu adoro), etc. Enfim, campo ou cidade, acho que é tudo uma questão de estilo de vida. Mas o que me mata realmente é que tenho uma carga horária puxada, com muito tempo de locomoção entre o trabalho e minha casa, sem possibilidade sequer de escolher onde vou almoçar. Daí quando chego em casa é aquilo que você falou: é lanchar, tomar banho e quando vemos, já está na hora de dormir. Por isso é que tenho o sono sempre defasado, porque me recuso a viver apenas para trabalhar e fico até tarde fazendo o que gosto. Um beijo, Karina.
o mais movimentado daqui acaba por ser calmo em comparação-e eu sou previligiada-nao apanho fila para trabalhar,trabalho ao lado d ecasa e o infantario dos filhso fica a 3minutos a pé -vivo pertinho da mãe e da sogra meus apoios incondicionais e com bom tempo e chegandoe m casa de dia posso ir para o quintal e ver os miudos a correr atrás das galinhas(temso 5 só para dar uma gracinha )o 1º ovo que encontrei fiquei feliz igual um menino de 3anos -e o meu sonho é ter uma casa assim rodeada de galinhas, coelhos, arvores e verde -quem sabe um dia.
ResponderExcluirAi Lú, que texto liiindo!!!!!!!! A gente está sempre em busca de uma felicidade, que muitas vezes está ali, bem ao nosso alcance.Basta que tenhamos a sensibilidade para perceber. A simplicidade é a própria felicidade. Eu senti como se tudo fosse em câmera lenta e pude perceber o quanto és feliz. Bjs.
ResponderExcluirConcordo simplesmente com tudo o que vc escreveu. Eu acredito numa vida de verdade. Durante a minha infancia sempre vivemos em chácara e em fazenda. Aprendi a amar a terra e a natureza desde cedo. Porém, quando fiquei adolescente queria outras experiencias e, infelizmente, fiquei muito urbana. Contudo, como tenho pés e umbigo dentro de um curral, não teve jeito. Hoje temos uma chácara que amamos e vamos nos mudar para uma cidade pequena (aprox. 200 mil habitantes). Não vejo a hora de mudar e viver uma vida assim, mais devagar e aproveitar os sinais que temos todos os dias e, quase sempre não conseguimos perceber...
ResponderExcluirGrande beijo e continue escrevendo assim tão gostoso. Sandra.
Ai que texto lindoooo!
ResponderExcluirEu sou bicho urbano, que se sente feliz num dia que amanhece engarrafado e com buzinas de todos os lados
Juro que consigo
Não todos os dias
E só no Rio de Janeiro
que tem verde e mar para respirar
Mas... sei exatamente do que vc fala qdo dorme e acorda só pq é dia ou noite
Consigo encontrar ate um relogio biologico qdo estou na minha cidade natal biologica ( existe isso?)que não é a de fato.
Lá em Visconde de Mauá eu sei o que é o tempo, aqui no Rio de Janeuras eu só consigo ver que ele me escoa.
Nao o vejo
Engraçado como a gente torna a vida complexa e acaba desejando mesmo é ter o tempo...
tempo para plantar
tempo para colher
tempo para viver
um lindo tempo no dia de hoje
para vc
Oi Lu!
ResponderExcluirVc é danada...sempre mexendo com meu coraçao...mas deixa pra la, vamos ao que interessa.
Lu, eu to precisando de ajuda...queria falar com vc pra ver se vc me tras um pouco de alivio.
A unica maneira que achei de resolver isso é via msn. Sei que vc nao tem tempo, mas quando der marque dia e hora pra conversamos...to me sentindo tão perdida...
niviacadupi@hotmail.com
Te espero ta. Um beijo.
Oi Lu,
ResponderExcluirE foi justamente por falta de tempo que não apareci mais aqui e em outros blogs amigos, me desculpa.
Gostei do texto e concordo com você, também sonho com o dia em que vou poder viver sem precisar estar ligada nos deveres que a vida na cidade nos impõe, um dia quero apenas curtir minha casa, minhas coisas, meu mundo...
Bom feriado.
;)
Oi Lu,
ResponderExcluirAplausos pra vc!!
Falou tudo e mais um pouco...!
O campo é lindo, é calmo e nos ensina a ter paciência, a amar a natureza e a aprender com ela...
Ai Lu, quase xorei =)
Arrasou!!
Você é uma agraciada!!
Bjos e bom feriado!
Quanta sabedoria! Mora em vc alguma velhinha! Pois dentro de mim mora uma velhinha centenária! Toda essa percepção com a Natureza sempre tive e achava isso normal, morei no sítio a vida toda, até aqui, sempre que havia alguma mudança no clima, nas nuvens, no vento meu pai ia nos ensinando o que ia acontecer, a época de plantar cada coisa, como vc disse, tudo a seu tempo.Mas aqui na cidade onde moro, as pessoas não ligam a mínima pra isso e qdo digo que não vejo a hora de ir morar na chácara, me olham como se eu fosse um E.T.!Sinto muita falta de tudo isso e principalmente do silêncio, como é bom ter silêncio em alguma parte de dia e é isso que preciso urgentemente ensinar pras cças, tempo de esperar, hoje tudo é muito imediatista, às vezes acho que preciso aprender meditação, mas conclui, lendo sua postagem, que não é de meditação que preciso e sim de contato com a Natureza, pois ela é sábia e nos ensina muito mais do os simples olhos vêem, nos ensina a esperar o tempo certo de todas as coisas!
ResponderExcluirMuito obrigada! Você sempre me ajuda ou inspira de alguma forma!
Bjs
Silvia
Morei 6 anos em Limeira, interior de SP e sou apaixonada pela cidade, mas conheço um lado negativo desse paraíso...
ResponderExcluirgostei das reflexões.
bjs
Q lindo Lu. É tudo q eu quero também. Fui criada assim, e é muito bom. Bjs e cada vez mais adoro teu blog.
ResponderExcluirnina florence barros
Lu, não vou comentar muito porque você já disse tudo. E com tamanha propriedade que me levou às lágrimas. Estamos todos desejosos de retornar às origens. Sabe o que me deixa feliz demais? Ver as roupas balançando no varal do meu quintal verdinho.
ResponderExcluirbjoca
Oi Lú!!!
ResponderExcluirAdorei seu texto!! Tbém morei no interior, mais já tem 30 anos que moro na capital, e amo de paixão. Mais aqui no meu bairro a gente ainda manda um pãozinho prá vizinha, e ganha um pão quentinho tbém, faz algumas troquinhas, pois é um bairro de casas, e na minha casa se plantando tudo dá!!! uma delícia, agora estou com dois lindos cachos de bananas, que na hora que tiro do pé saio distribuindo banana nas vizinhas. E assim faltou um fermento para o bolo a gente pede prá vizinha!!!! ou a vizinha pede prá gente, é divertido!!!!
Mais nada como o interior!!!
Bom feriado!!!
Bjus
Estou agora no sul da ilha em Floripa, isso aqui ja foi bom. agora ta virando cidade!!!
ResponderExcluirMas o que me tras aqui é te dar os parabéns pelo teu time!!!!
liége
Oi Lu!
ResponderExcluirEu passei a minha infância inteira, indo todo final de semana para a roça. A casa dos meus avós paternos, em Tanguá. Eles plantavam laranja, criavam animais e tinham uma horta imensa. Não havia luz elétrica e tudo era mais lindo: o sol, a lua, o céu, as estrelas, o mato. Eu guardo essas lembranças dentro de mim e sinto a necessidade de estar sempre em contato com a natureza, com a vida de outro tempo, que não seja o do relógio.
Agora estou arquitetando uma horta caseira, pois como diz o comercial: colher o próprio alimento, não tem preço.
Beijos com qualidade de vida!
OI lu.
ResponderExcluirAdorei seu texto e me emocionei com ele....tão cheio de verdades.
Lutamos e corremos e o que nos traz felicidade de verdade é muito menos...o que nos faz feliz é o "menos" e não o "mais" que a mídia diz por ai...
Gosto de passar por aqui todos os dias, você escreve muito bem.
Parabéns.
Beijos
Telma
Oi Lu....fui lendo seu texto e viajando com sua descrição do tempo mais gostoso, lento...tive isso em minha infância e era mto bom!!
ResponderExcluirPassa no meu blog para ver o forro que fiz para o cesto como PAP que vc postou...obrigada...bjos
Oi Lu, que texto gostoso de ler. Sabe que preciso aproveitar mais minha fazenda. Minhas irmãs acham que vou muito, mas lendo seu texto parei para pensar no tempo tão precioso que perdemos com coisas as vezes até futeis e deixamos de curtir o belo e envolvente que é a natureza. Lá tenho cachoeiras, prainha, todos os passaros existentes e o melhor que é vaca berrando e cheiro de mato e o resto que é só prazer. Parabens....
ResponderExcluirAi, Lu, que post lindo e verdadeiro, viu... Assino embaixo sem mudar uma vírgula! Eu já troquei a capital por uma cidade menor, mas ainda tenho meu olho na roça, que é pra onde quero ir, quando for o tempo.
ResponderExcluirEu to lendo do fim pro começo, reparou ? É que fiquei uns dias sem poder ler os blogs, acho que meu reader vai me engolir rsrs.
bjobjo
Oi Lu,
ResponderExcluirParabéns pelo post. Me identifiquei neste e no anterior também. Ando cansada da correia da cidade grande, da vida sem contato com a natureza e do trânsito. Sinto que não tenho tempo pra nada e que em meia hora, não é possível resolver nenhuma pendência. Triste.
Um abraço!
Lindo post mesmo! Todo dia quando estou no engarrafamento para ir pro trabalho, moro em Brasília, trânsito cada vez pior, páro pensando na vida, que realmente isso não é viver, cidade grande é para loucos, meu sonho é uma casinha em Alto Paraíso - GO, calmaria total, um lugar sem carros, sem trânsito é meu sonho de aposentadoria; a propósito Catanduva nao é onde fica o presídio de segurança máxima? Felicidades!
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