Google+ minha casa, meu mundo: Mais uma Pequena Vítima

27 de agosto de 2010

Mais uma Pequena Vítima

Das milhares de crianças vítimas de maus tratos, poucas notícias nos chegam pela mídia. Agora a morte a ser desvendada é da pequena Joanna Marins, morta segundo noticias em razão dos maus tratos sofridos enquanto sob a guarda do pai. Não cabe a mim, por dever de ofício, julgar a decisão da juíza que determinou que a criança fosse entregue ao pai por um período de 90 dias no qual a mãe estaria proibida de vê-la. Contudo, há que se considerar que vários boletins de ocorrência relatavam o histórico de violência do pai e da madrasta de Joanna, inclusive quando esta tinha apenas 2 anos de idade. Ainda assim lhe foi consentida a guarda, uma vez que sofria de alienação parental, já que mãe não permitia a convivência da menina com o pai. mas será que não tinha boas razões para isso?
O fato é que a menina foi entregue ao pai, em 26 de maio, contra a sua vontade em plenas condições de saúde, como atesta certidão da Vara de Família e foi entregue, menos de dois meses depois, à mãe em coma, com sinais de agressão, queimaduras, cortes e um edema cerebral, morrendo 40 dias depois. Não é possível saber a causa da morte até que todos os laudos sejam feitos.
Do que se sabe existem laudos psicológicos em que a menina afirma que seu pai é mau. E ao se despedir da mãe, antes de ser entregue ao pai, lhe disse que não mais voltaria, talvez porque tinha consciência do que iria enfrentar.
Levada ao hospital pelo pai, foi atendida por um falso médico, foi "medicada" e liberada. Voltou a outro hospital já em coma.
Do que foi dito até o momento, vários são os culpados, e estes devem ser punidos. Ainda que nada traga Joanna de volta à sua família.
Será que o fato do pai ser sobrinho de uma promotora de justiça e de um deputado federal vai impedir que seja apenado como deve ser, uma vez comprovada sua culpa?
A questão que me faço é quando a polícia e a justiça irá levar a sério relatos de violência doméstica. Quando a palavra da vítima valerá mais que do agressor? Quando deixarão de ser desconsideradas as marcas deixadas pela violência? Marcas que são visíveis a olho nú e atestadas por laudos???
A violência contra crianças apenas cresce, como a violência contra as mulhres. É preciso ser menos conivente com o agressor, é preciso denunciar. É preciso que as autoridades façam o que deve ser feito.
Não é apenas Joanna, Isabella ou a menina T. (espancada pela procuradora de justiça) são milhares de crianças todos os dias, todos os dias...
Nós e nossos filhos são as principais vítimas da violência. Nós, mulheres e crianças, estamos morrendo. Me parece que é hora de fazer alguma coisa em favor das vítimas, alguma atitude concreta e eficaz, porque apenas papo furado e belas leis não são capazes de mudar a realidade.
Vamos pensar sobre isso
Lu

9 comentários:

  1. Luciana,
    vi a reportagem cá em Portugal pela Globo. Estarrecedora. Agora entendo um pouco mais porque foi dada a guarda ao pai sem que a mãe pudesse vê-la por tanto tempo.A Lei não diz que a criança deve estar em primeiro lugar???? A primeira grande agressão foi tirá-la do carinho da mãe, para entregá-la às mãos de pessoas que não estão preparadas para estarem com uma criança. Será que o fato de uma tia ser promotora e o outro ser deputado vai impedir que haja justiça??? Bem, melhor dizendo, já houve injustiça no momento em que tiraram-na da companhia da mãe. As pessoas tem que se levantar contra isso. Chega de falta de profissionalismo. E a essa Juíza ??? Não vai acontecer nada??? Será que era preciso mais de 120 processos envolvendo pai, para que essa senhora saísse do seu pedestal e visse o que estava fazendo??? Aterrador!!!!!
    Cá em Portugal também tem acontecido barbaridades envolvendo crianças e o judiciário. cada decisão de arrepiar. E onde arrebenta a corda???? do lado mais fraco: as crianças.
    Vamos acabar com isso!!!! Chega de injustiçassss!!!!!!!

    ResponderExcluir
  2. eu, como qualquer outra pessoa de bem e com um mínimo de consciência, fiquei estarrecida com esta ocorrência...
    não sei o que faz uma juíza tirar uma criança de uma mãe, naquelas circunstâncias e entregar a um pai alienado (como dizem)
    sinceramente, com o que ocorreu, tenho medo... medo de algo que nós, pessoas "normais" (sem parentesco com algum promotor, deputado) estamos à mercê... e que não temos controle nenhum...
    a única coisa que posso fazer, é rezar, e suplicar ao Pai proteção...

    ResponderExcluir
  3. Não conheço este caso em concreto, mas infelizmente as histórias são sempre semelhantes: leis retrógadas que dão mais importância aos laços de sangue do que ao bem estar físico e psicológico das crianças. A grande tristeza é que estes laços de sangue não garantem este bem estar e muitas vezes significam abusos, maus tratos, violência...
    Em primeiro lugar nunca tais casos deveriam acontecer e não existe forma de voltar atrás depois do mal estar feito, mas estas pessoas deveriam ser severamente punidas. Que seres tão baixos e repugnantes são capazes de actos destes?

    ResponderExcluir
  4. É Lu, está mais do que comprovado que as leis existem apenas no papel e infelizmente não é para todos, é um tremendo absurdo que coisas como estas ainda aconteçam, enquanto as leis não forem cumpridas à rigor isto continuará acontecendo.É estarrecedor saber que só pelo fato de ele ter parentesco com a promotoria este caso fique impune, eu fico indignada quando ouço coisas como estas, e de pensar que o próprio pai "aquele à quem deveria zelar pelo seu bem estar e segurança" fez justamente o contrário...E a guarda que foi concedida à ele, foi extremamente absurda, será que os boletins de ocorrência não pesam nesta hora? Eu fico indignada porque quando se quer adotar uma criança se colocam muitos impecílios, e quando uma coisa assim acontece à quem se retribui a culpa?

    ResponderExcluir
  5. Oi Lú!!!

    Acompanhei pela tv, é revoltante!!!!!

    Bjuss

    ResponderExcluir
  6. Fico sem palavras....como mãe isto revolta-me e muito....quem cuida dessas crianças????quantas mais irão morrer antes de alguém estar do lado delas???
    sem palavras querida....

    ResponderExcluir
  7. Simplesmente terrível. Mas é a realidade. Tenho um caso de uma pessoa conhecida (mulher) aqui em Buenos Aires, que casou-se com um "filho de algo = fidalgo". Tiveram uma filha, lindinha. Este "senhor" costumava abusar da filha, auxiliado pelo próprio irmão. A mãe obviamente pediu o divórcio e foi-se. Ficou na rua da amargura com a filha, sem um tostão no bolso, sem nada - porque o "fidalgo", além de milionário, é filho de juiz, sobrinho de promotor, família de advogados. Ele pediu a guarda da menor (depois de obviamente tantas vezes que a mãe foi a delegacia, depois que fizeram exame psicológico na menina e comprovaram o abuso, depois dos exames físicos...) e, pasme: LHE DERAM A GUARDA DA FILHA!!!
    Portanto, a loucura do judiciário (e o protecionismo do dinheiro) não tem fronteiras, acreditem.
    Pobres crianças.

    ResponderExcluir
  8. Olá! Estamos fazendo HOJE uma blogagem coletiva sobre este caso. Por favor, entre no meu blog e, se puder, participe divulgando aqui.
    www.recriandodarenata.blogspot.com

    Obrigada!

    ResponderExcluir
  9. A gente fica até sem palavras diante deste tipo de fato. Já dizia meu professor de filosofia: o inferno, meus meninos, é aqui ( na Terra). E o diabo somos nós mesmos......

    ResponderExcluir

Obrigada pela visita!

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

ShareThis