Google+ minha casa, meu mundo: Obrigada pelos Pitacos!!

23 de agosto de 2010

Obrigada pelos Pitacos!!

Fiquei encantada com tantos pitacos no post de ontem... são tantos os conselhos e tão bons que vou vender (hahahaha).
É difícil resumir tudo o que li nos comentários e nos e-mails. Me chamou a atenção tantas professoras, pedagogas e psicólogas falando sobre o assunto (ai que vergonha do meu português capenga). Amanhã eu vou visitar a psicopedagoga que atendeu a Tóia por muito tempo, mas não é a mesma coisa, ela não falará sobre sua experiência de vida na criação de seus filhos e da relação que mantém com as escolas que frequentam. Não será uma conversa de amigas, apesar de nos darmos muito bem e conversarmos sobre a vida com frequencia. Mas amanhã ela me dará um parecer profissional sobre o método e minhas aflições e, depois de avaliar a Bea por alguns dias, dará outro parecer.
Ler os conselhos que vocês deixaram é diferente, é trocar experiências de vida, testemunhos das dúvidas de mãe e das soluções encontradas.  E esta resposta que obtive é tão importante quanto a ajuda profissional, ou mais, porque trata da vida real e me faz ver que minhas dúvidas não são apenas minhas, mas de todas.
Adorei ler cada texto, e já os reli várias vezes, tentando gravar a essencia de cada um.Em resumo, pode-se dizer que quase a totalidade das "pitaqueiras" acredita que a educação tradicional é a que melhor prepara para o mundo em que vivemos e que os valores humanistas, a criatividade, o amor pela leitura (entre outros) podem e devem ser apreendidos em casa.
Recebi longos e-mails e comentários de professoras e pedagogas relatando as dificuldades criadas por métodos digamos "alternativos", sejam de ordem intelectual ou pessoal.  Relatam ainda a importância da disciplina, organização, dedicação, comprometimento.E todas as considerações feitas foram muito importantes para aplacar minhas angústias.

Tenho ainda minhas dúvidas, mas já decidi tirar a Bea da escola em que ela está para ofertar o ensino tradicional em um bom colégio de padres, que já conta mais de 100 anos de experiência, bilingue, primeiro lugar no ENEM e em aprovações no vestibular aqui na minha cidade. Mas que fica em uma fazenda de 100 hectares, onde as crianças convivem com ovelhas e todos os outros animais possíveis, atravessam um lago de barco para a aula de ecologia, aprendem marcenaria, passeiam de trator e cada sala tem um bichinho no ano (ovelha, vaca, peru, pato... de verdade!), e vão lá cuidar dele e ver se está bem... Foi onde a Tóia fez o fundamental e foi extremamente feliz, uma criança que tinha alegria ao ir para a escola. Ou seja, não é um colegio de cimento, sem brincadeiras, sem criatividade... diferente porque a hora de estudar é com o velho e bom professor transmitindo o conhecimeno que adquiriu em anos de estudo... e como pode ser diferente? Como o conhecimento surgirá do nada? Sem qualquer fundamentação prévia? Para mim parece utopia...
Do resto cuido eu.  O contrário é impossível, como vou ensinar matemática ou física? mal e mal sei uma equação do primeiro grau (não se esqueçam que cursei história e direito). Então deixo a escola com o ensino formal e a família com os valores, a criatividade etc e tal... e esta não é a função de cada qual?
Acho que a correria do dia a dia nos faz delegar para a escola mais do que ela pode oferecer. Ou bem ela ensina matemática ou bem ensina valores ... não dá para fazer tudo em tão pouco tempo.
Este é o caminho, como tantas e tantas amigas me disseram hoje.
Tem mais, um dia destes tive um diálogo com a Bea que me chocou:
"mãe, quem criou o mudo?"
"foi Deus minha filha" (não vou ficar explicando astrofísica para uma menininha, então vai de creacionismo mesmo...) A resposta?
"não mãe, não foi Deus, foi Zeus, com Z." (a tal da mitologia grega).
Acho que minha filha esté precisando mesmo de uma boa escola de padres...
Eu sou apenas uma pitaqueira que está escrevendo sobre o seu sentir, impressões de quem ignora totalmente qualquer teoria pedagógica. Respeito quem pensa diferente, mas quem não se adapta à escola sou eu, o problema está em mim e naquilo que entendo como bom para as meninas. Posso estar profundamente equivocada, mas do fundo do coração, espero estar certa, mas isso só saberei depois de muitos anos. Quem sabe este blog ainda exista para eu contar o resultado de minhas decisões.
De qualquer forma quero apenas o melhor e se eu errar, com certeza foi tentando acertar.
Muito obrigada por todos os conselhos, AMEI.
Beijos
Lu

14 comentários:

  1. Ee tenho até dezembro pra escolher uma escola para a minha de seis anos e estou completamente confusa, não quero uma alternativa mas por aqui no bairro só tem católica e eu não sou católica. Fica difícil... :(((

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  2. Lu, no fundo você já havia se decidido. Deixa eu te falar, você como juíza, consegue fazer muitas coisas complicadas e na hora que são as suas coisas, suas escolhas, às vezes fica um pouco na dúvida, é normal (estudei isso rsrs). Mas você nunca perdeu seu sentido feminino, aquele que não nos engana. Só posso te parabenizar pela sua família que é linda e por você ser tão comprometida com ela, apesar desse mundo caótico que vivemos.
    A base das suas filhas elas tem de sobra, essa escola que a Toia estudou é perfeita, melhor que qualquer outra que eu poderia imaginar. Sua escolha foi certeira e mais tarde colherá os bons frutos das boas sementes que agora planta.
    Super beijo

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  3. a escola q vc colocará a bea é tudo o que sonhei para meus filhos... vá fundo... tenho certeza q será ótimo... bjks

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  4. Lu,

    Li com cuidado o post e os comentários de ontem e deixa-me só dar a minha opinião de jovem adulta (com 26 anos) que não tem filhos nem qualquer experiência na materia.
    Compreendo as questões que colocas sobre preparar a Bea para a vida e compreendo a posição das pessoas que a defendem. Mas como disse alguém nos comentários (não me lembro quem) ela é muito pequena. O meu pai sempre diz "deixem as crianças ser crianças" em resposta àquela onde de por os filhos com 30 actividades extra-curriculares e horario como se fossem adultos. Claro que ela precisa se preparar para a vida, mas ainda tem muito tempo para ser criança antes de ser adulta, deve poder aproveitar bem esses anos, porque a vida não espera e ser adulto as vezes é tão difícil!!
    Isto não quer dizer que eu acho que não devias muda-la de escola, apenas queria deixar o meu pitaco (palavra que não existe no dicionário português e que acho MUITO engraçada). Eu defendo que as crianças devem ser crianças, não terem hora marcada p tudo, nem ter agenda cheia de compromissos como os adultos. A preparação para a vida adulta, essa vem com o tempo.

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  5. Quero te convidar para paticipar da rifa solidaria do meu blog o link é: http://cantinhodatayrine.blogspot.com/2010/08/muito-ja-ajudaram-mas-falta-voce.html

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  6. A cada dia que passa, que leio o seu blog, é como calmante para o coração, pois sendo mãe, profissional, sempre me pergunto o que posso fazer de melhor para os meus filhos, afinal é nossas escolhas que formará o adulto de amanhã, e sempre percebo que não estou só nessa "angustia", que algumas vezes tira o nosso sono, não é?
    Te admiro sempre e mais, parabéns!

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  7. Lu,fico feliz em saber que já conseguiu um caminho,filhos e escolhas sobre eles são sempre difíceis.
    Mas a educação que nós damos deve ser assim,pensada e repensada.
    Olha vou te contar uma coisa,quando meu filho foi para a 5a.serie eu iria mudá-lo de colégio,mas pensei:-poxa,ele vai ficar sem os amigos tão queridos,o colégio é bom,vale a pena.
    Resumindo;primeiro dia de aula,ele volta e eu pergunto:e aí,viu seus amigos,matou as saudades????
    E ele me respondeu:-não,quase todos mudaram de colégio.
    Não teve jeito,o sofrimento existiu,eu fiquei arrasada e ele ficou mais próximo de outros amigos,hoje todos são amigos,pois não o eram só no colégio.
    Nem sempre conseguimos evitar o sofrimento deles,podemos sim,como você está fazendo dar uma alternativa sensata,pensada e importante para o crescimento.
    Bj,boa sorte para você e para ela

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  8. Lu,
    Tenha a certeza, que você está neste momento fazendo o melhor para sua BEA, pois só um coração de mãe sabe "escutar" o que seu filho precisa...
    Boa sorte...
    bjs

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  9. Oi Lu, li teu post anterior mas preferi não dar pitacos. E vendo este teu post agora vejo que a impressão que tive era a certa: vc já tinha se decidido, mas estava com medo de fazer a coisa errada. Eu acho que você está certa. Não sei se gosto dessas escolas ditas "alternativas". E acredito que em casa podemos fazer esse trabalho tão ou melhor que a escola. Na escola é importante a criança aprender disciplina, horários, cumprir tarefas, trabalhar em equipe, e essas coisas. Meu filhote só tem 2 anos e já traz tarefa pra casa e eu acho ótimo porque mostra pra criança que tem que ter responsabilidade. Então é isso, Lu! Espero que você esteja confiante com sua decisão.
    bjos

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  10. Lu,
    Ainda que atrasada gostaria de dar meus pitacos. Eu não tenho filhos, mas tenho a minha própria experiência. Grande parte da minha vida aprendi no chamado método "alternativo". Minha mãe e eu nos mudávamos muito, então tive bem pouco de tradicional no meu ensino infantil. Quando estudava, ficava em uma escola antroposófica, o que me proporcionou amor pela leitura, compreensão com o próximo, etc. Eu não aprendi a ler antes dos sete anos. Com sete anos minha mãe sentiu a necessidade de me colocar em uma escola mais tradicional. Estudei então em escolas públicas até a oitava série, uma experiência que trouxe para a minha vida mais respeito com o bem alheio, compreensão do público e me ensinou a conviver com as diferenças sociais com naturalidade. O ensino médio acabei indo para um colégio particular, pois nessa época morava (e ainda moro) em Brasília e o ensino médio público estava muito sucateado. Passei no vestibular de uma universidade pública e hoje com 22 anos estou no mestrado. Sou completamente favorável ao ensino não tradicional na primeira infância da criança, mas acredito que disciplina e conteúdo tradicional também são necessários. Assim, acho que até os sete anos a criança deve brincar e depois aprender a ler, com calma, assim a vontade de aprender também surge. E, é claro, estimular a leitura em casa é sempre necessário, não importa qual tipo de escola se frequente. Enfim, espero que você encontre o caminho que te trará paz.

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  11. Ps: quanto a correria e competitividade do mundo fique tranqüila, irão martelar isso todos os dias na cabeça dela, em todos os lugares. Acho que temos mais que estimular a compaixão e união, a loucura do mundo acontece e sua pequena sendo mais humana estará preparada para crescer sem pisar em ninguem.

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  12. Oi Lu!
    Que oportunos esses posts! Estou com a mesma dúvida, mas no meu caso um pouco mais complicado pela nova lei que não deixa as crianças irem para o primeiro ano se não tiverem 6 anos completos, o q é o caso do meu filho. A única escola q aceitaria é waldorf e aí as minhas questões são as mesmas q as suas: uma escola tradicional ou uma construtivista?
    Obrigada por dividir as opiniões a respeito. Já começo a pensar de outra forma e talvez isso me ajude mais!
    Um bj gde
    Wanessa (Murikinhas)

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  13. querida, me desculpe pelo comentário, mas estou desde ontem, qdo fui postar meu comentário, boquiaberta... vc é juíza?! E eu, que tinha a idéia de juíza uma pessoa totalmente alheia a essas coisas domésticas (desculpe mais uma vez pelo meu pré conceito)... e vc é o oposto ao que imaginava... as juizas que conheço, são tão fúteis... fazem questão de fazer as festas mais super hiper mega ... e vc super craft... já amava seu blog, e te achava tão querida e acessível, agora, vejo como vc é uma super profissional e tão próxima e querida com seus leitores e seguidores...
    bjks (ps: não precisa publicar... )

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  14. Oi, Lú!
    Só hoje conseguir ler os últimos posts...
    Quando li essa pergunta da Bea, lembrei de um caso semelhante, ocorrido com meu filho mais velho. Ele deveria ter uns 4 ou 5 cinco anos. Nessa época, eu ainda morava com minha mãe. Quando cheguei do trabalho, minha mãe já veio falando: "Ainda bem que você chegou! Responde seu filho!"
    Até me assustei... Perguntei o tinha acontecido e ela me contou a seguinte história:
    Vinícius: "Vó! Foi Deus quem criou o mundo?"
    Vovó: "Foi, Vini..."
    Vinícius: "Foi ele que criou a Terra, a Lua, as plantas, os animais, o Sol e tudo que existe?"
    Vovó: "Sim, meu filho! Tudo o que existe foi Deus quem criou..."
    Vinícius: "Então... Quem criou Deus?"
    (...) Silêncio (...)
    Vovó: "Olha... Isso quem sabe responder é sua mãe... Pergunte quando ela chegar!"
    Hehe! Eu aguento?

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Obrigada pela visita!

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