Google+ minha casa, meu mundo: Uma palavrinha sobre obesidade

23 de fevereiro de 2011

Uma palavrinha sobre obesidade

Muitas foram as notícias e as discussões sobre obesidade e preconceito nos últimos dias, por conta de uma professora que foi preterida em um concurso em razão de seu IMC mórbido. Tudo o que li trata o problema como puro preconceito contra os obesos e que vivemos uma "epidemia" de obesidade. Não vou discutir aqui se houve ilegalidade na desclassificação da professora.
A questão é outra. Me preocupa e muito esta vitimização do obeso, este discurso de "epidemia" e a mensagem direta ou subliminar de que o obeso não é responsável por sua situação. Não me preocupo com os obesos adultos que de alguma forma se confortam com este discurso. Me preocupo com as crianças, cada dia mais gordas, cada dia comendo mais comida processada e não saudável, cada dia mais sedentárias em suas horas e horas em frente à TV, que encontram uma justificativa para continuar devorando a caixa de bis.
E antes que se faça algum tipo de confusão. Não estou tratando de quem é gordinho, tem sobrepeso, 10 quilos a mais, quero falar de quem é realmente obeso, cujo IMC aponta para a morbidade. E conheço muitas crianças que, se já não são obesas, caminham para isso com rapidez! E os pais ficam com pena de fazê-los emagrecer.Me pergunto, será pior deixar de comer um bolo de chocolate ou lutar contra a diabetes?
É responsabilidade dos pais garantir que os filhos sejam saudáveis. E isso não tem nada a ver com padrões de beleza, mas com saúde, com uma criança que consiga acompanhar seus amigos no jogo de futebol, não seja motivo de chacota e não tenha pressão alta...
Um paladar saudável é adquirido em casa, não em lições na escola.
É responsabilidade das mães educar o paladar de seus filhos, ensiná-los a comer bem e de forma saudável. É obrigação das mães cozinhar para seus filhos, evitando alimentos processados. É dever das mães controlar o consumo de doces,bolachas. Alguém pode me explicar qual a razão de oferecer uma sobremesa que não seja fruta? Aliás para que sobremesa? Existe alguma justificativa para oferecer um doce como prêmio, ou permitir que uma criança coma um pacote de bolacha em frente à televisão? Para mim não existe, nem adianta tentar começar a explicar.
Para mim isso é omissão, pura e simples preguiça de cuidar da saúde de seu filho. Será que estas mães sabem que seus filhos sofrerão de sérias doenças e terão muitos anos de vida a menos do que seria de esperar?
E nem me digam que falta tempo. Fazer um risoto  leva meia hora. Um molho de tomates frescos, 10 a 15 minutos. Uma sopa? 10 minutos de preparo e 40 min de fogo... Nem mesmo o congelado precisa ser processado. Basta separar um dia da semana para cozinhar arroz, feijão, um picadinho, branquear as verduras. Deixe a cebola e o alho já cortados. Prepare muitos potes de molho de tomate fresco. Fazer sopa. Depois congelar tudo e comer  de forma saudável todos os dias! Ao menos no almoço. Vamos substituir o pão branco por pão integral. Veja, não estou dizendo para  FAZER pão, apenas para mudar a escolha no supermercado. São tantos gestos simples. O tempo de cortar uma maçã é o mesmo de passar chocolate em um pão branco.
Obesidade não é epidemia, não é uma condição imposta. É uma escolha. E os pais escolhem pelos filhos, sem lhes dar permissão de mudar esta condição no futuro, existem milhares de estudos que mostram que uma criança obesa certamente continuará obesa na vida adulta. É aterrador.
É obvio que existem doenças que causam obesidade, não desconheço este fato. Mas  a maioria delas é plenamente tratável. Eu conheço muitos obesos e nenhum deles é doente, apenas comem de forma descontrolada e da pior forma possível. Lembro um amigo dizendo que estava fazendo uma "dieta" de 3000 calorias, porque no dia a dia ele consumia 6000!!!!!!!!!! SEIS MIL!!!!!!!!!!!
ao tratarmos a obesidade como "epidemia" ou aceitarmos a vitimização frente ao preconceito, tira-se a responsabilidade do obeso quanto à causa de sua situação, mascara o real problema de saúde que representa a obesidade e anula qualquer estímulo para mudar.
E sim, há preconceito contra obesos. Assim como há preconceito contra fumantes. Sou fumante e não reclamo quando as pessoas dizem que sentem nojo do meu cheiro... eu fumo porque gosto de fumar e aguento as consequências. E daí vou fazer drama? Eu não, sei que estou errada, então aguento! Se uma empresa pode preferir um não fumante ao contratar, por que não poderia escolher um magro a um obeso? Não é uma questão estética, é de produtividade. A obesidade exagerada paralisa, limita os movimentos. Ou agora vamos dizer que não? Sem falar que o obeso ficará mais doente e faltará mais ao trabalho. Assim como o fumante. Eu não aguento subir 3 lances de escada e preciso parar meu trabalho para fumar. Evidentemente fumar prejudica minha produtividade.
Eu tive um professor obeso na faculdade, era excelente professor, inteligentíssimo. Mas mal conseguia ficar em pé por conta de problemas de articulação, quanto menos andar. Não escrevia nada no quadro e a cola rolava solta em suas provas, afinal ele não conseguia passar entre as carteiras. Ele tinha apenas 50 anos na época.
Eu não gostaria que minhas filhas tivessem professores como ele no ensino fundamental, por mais preparados que possam ser. Eternamente sentados em suas cadeiras, mal conseguindo falar no calor, faltando aulas com frequencia em razão de suas complicações de saúde, sem ânimo e disposição para nada...
Assim como não quero um professor que fume em sala de aula ou que faça apologia ao fumo.
Então vamos parar com este discurso hipócrita de que os obesos sofrem preconceito por questões estéticas, que são vítimas de padrões de beleza inatingíveis. Você gosta de comer? Não se preocupa com a obesidade? Ela não atrapalha seu trabalho? Ótimo, você é uma pessoa feliz e bem resolvida, nem ligue para os olhares tortos, faça como eu quando acendo um cigarro.
Apenas vamos cuidar de nossos filhos e lhes dar a CHANCE de escolher se querem ser gordos ou não, porque se eles engordarem já na infância terão seu futuro marcado.

Beijos
Lu

25 comentários:

  1. Maravilha!
    Concordo plenamente contigo. É muito fácil colocar todo o problema em cima do preconceito, aliás como tudo hoje em dia. Dessa forma, retiramos a responsabilidade do indivíduo e colocamos na sociedade. Fácil assim, e muito menos complicado, não é mesmo?? Mamães podem continuar dando mamadeira de Coca Cola para seus rebentos, porque no futuro nós, sociedade, cuidaremos deles...
    PFFF!! Ando tão cansada de hipocrisia!
    Vou repassar seu texto. Beijos!

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  2. já uma vez escreveste sobre isso e dei a minha opinião até porque o meu pequenote tem tendencia a engordar e gosta das bolachas, dos chupas e afins....é uam luta constante com os avós -que gostam de ter uns chupas e umas bolachas para os netos, eu abomino e eles não respeitam-em casa não há sumos de pacote-há agua !
    Em casa- bolachas -há as integrais e com fibra, há a sopa e a fruta..eles não reclamam porque sabem que é assim e estão habituados -claro que há excepções uma vez por outra...e passo-me quando oiço o meu pai a dizer -tadinho dá-lhe um sumo em vez de agua...aCHO UMA irresponsabilidade de pais tratá-los de outra forma -isto tb é uma forma de amor-fazer uma sopa dá menos trabalho que fritar um hamburger e batatas-se contarmos com o trabalho que dá limpar-

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  3. Bom dia!
    Falou tudo!Há obviamente casos de doença na questão da obesidade,mas com certeza a maioria é de exagero na alimentação. Conheço crianças goordas.Fico olhando e pensando:como será quando adulto?E não dá para falar nada pois as mães ficam furiosas!
    Bjs Cleusa.

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  4. Esta questão da obesidade infantil me preocupa e muito. Meu enteado mais novo está acima do peso. Aqui em casa lutamos para que ele coma de forma saudável, mas é uma luta perdida, porque na casa da mãe pode tudo...
    Eu fico muito triste por ele, que é uma criança maravilhosa, mas tímida, insegura, quase não tem amigos e não se enturma. Não joga futebol, não anda de skate... fica horas em frente ao videogame, segundo ele conta até de madrugada...
    Ele tem 11 anos e é claro para mim que será sempre gordo... fico triste, muito triste.

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  5. A mais pura e triste verdade...
    As pessoas estão se matando através daquilo que colocam na boca e o pior, acham normal!
    Creio também que falta consciencia sobre o que as doenças relacionadas a obesidade podem causar... além disso, é assustador ir ao mercado hoje em dia, pois a quantidade de gente obesa é cada vez maior...

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  6. Concordo plenamente com você. É claro que é muito mais fácil e cômodo deixar a criança comer os industrializados ao invés de preparar algo fresco e saudável. E é claro também que fica mais fácil deixar a culpa de lado dizendo que infelizmente se trata de uma epidemia. Como tudo na vida a questão da obesidade é mais uma que deve ser tratada dentro do lar, cuidada pela família e exige dedicação! Obvio que há casos ligados a questões patológicas mas acredito que a grande patologia nesses casos é a falta de controle e a desculpa do amor que impede os limites.
    Bjs.
    Ale

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  7. Luciana,
    Antes de mais nada, digo que aprecio e muito o seu blog, suas ponderações e sua inteligência, mas sobre o tema que você escolheu para falar hoje, me permito tecer alguns comentários, apenas com o objetivo de apresentar um outro ponto de vista, o meu ponto de vista sobre o assunto. Em relação à questão da alimentação das crianças, concordo com você em gênero, número e grau, pois quanto mais cedo a criança aprender a ter uma alimentação saudável e limites, ela provavelmente caminhará para uma vida saudável. Entretanto, não há como generalizar a questão, pois, conforme o próprio Drauzio Varella afirmou numa série televisiva, os alimentos saudáveis são mais caros do que os processados. Não dá para não enxergar que a obesidade também pode estar ligada ao estilo de vida atual, que nos impõe uma carga horária pesada e também às condições econômicas de cada um. Além disso, não dá para desconsiderar que a obesidade seja um distúrbio. É claro que sempre temos o arbítrio para mudar a situação, mas não ignore que isso seja difícil, pois da mesma forma que muitos fogem para o álcool e para as drogas, outros se refugiam na comida. Falando agora mais pessoalmente (e você já deve ter notado isso pelo que leu até aqui), eu não me considero menos merecedora de nada pelo fato de estar bem acima do peso (situação esta que não me agrada, inclusive). Trabalho diariamente 10 horas, trafego 100 km por dia para ir e voltar do trabalho e posso te afirmar que em toda a minha vida profissional (que já tem cerca de 16 anos) nunca faltei por qualquer razão que fosse ou deixei de trabalhar. Não me faço de vítima, mas daí a afirmar que sou pessoa menos capaz do que outra por esta razão é um pensamento que me entristece, porque desconsidera por completo a minha capacidade e minha essência. Acho, sinceramente, Luciana, que seria bom se você um dia pudesse assistir a uma reunião dos Vigilantes do Peso antes de atear fogo aos adultos obesos. Reitero minha afirmação anterior de muita admiração por você, mas não poderia me calar. Um beijo, Karina.

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  8. Lu,
    Quando recebo alguma visita em casa, principalmente mães das minhas filhas (adolescentes), elas quase sempre me dão lição de moral porque pareço uma amélia, simplesmente porque cozinho todos os dias para a minha família. Elas dizem que hoje em dia isso está fora de cogitação porque ninguém mais tem tempo. Costumo preparar um cardápio toda semana, diversificando vários tipos de carnes (só um tipo para cada dia) e vários complementos como legumes e saladas, mas coisas muito práticas, que não levam nem 40 minutos para preparar. Já vou ao supermercado com o meu cardápio pronto para comprar apenas o necessário para cada refeição, além da economia que faço. Desde que me casei, acostumei a minha família a comer apenas o necessário, sem exagero e todos nós somos magros. Já passamos dos 50 anos e nenhum quilo a mais, como a maioria da nossa idade. Essa questão de obesidade é, sem dúvida alguma, culpa da alimentação, culpa dessa preguiça crônica, dessa aversão que as mulheres hoje em dia têm da cozinha. Aqui em BH cozinha significa senzala!!!!!
    Beijos,
    Ana


    Sou paulista e moro atualmente em Belo Horizonte e me sinto um ser em extinção, quase não tenho amigas aqui - acho que por esse meu jeito de maezona. Gosto de receber as pessoas que vêm em minha casa sempre com uma comidinha feita por mim, com o maior carinho. Percebi que aos poucos algumas pessoas foram se distanciando porque diziam que não tinham esse hábito de cozinhar e gostavam de sair para comer ou encomendar tudo pronto

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  9. Oi Karina,
    Acho excelente que você tenha falado e temos mais é que discutir a questão. O que quero discutir não são os obesos que estão lutando para emagrecer, cientes de que a mudança de seus hábitos levará a isso (exatamente quem está na reunião dos Vigilantes do Peso). Muito menos me dirigi aos "gordinhos" como meu marido. Aliás, da sua fotinho acho que você é magra!!!!!!!!!!!!
    Acho que a obesidade mórbida, quando a pessoa está 40, 50, 60 kg acima de seu peso é problema e ela, evidentemente, prejudica o desempenho da pessoa em qualquer área. Não há como negar este fato! Basta caminhar ao lado de um obeso mórbido para saber a resposta.
    e como disse no post, se a pessoa obesa está tranquila com seu peso, ok, nem um problema.
    O que me incomoda é o discurso vitimizante que influencia as crianças e as autoriza a comerem sem freio.
    Na verdade não me preocupo com os adultos, cada um faz o que quiser. Mas a criança não tem a oportunidade de escolher.
    É nisso que devemos pensar

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  10. Oi Lu, tenho postado muitos comentários, mas quando entro na página de comentários, não vejo o meu comentário, mesmo que a mensagem diga que o meu comentário foi publicado. Alguém pode me Beijos
    Ana.

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  11. Adorei seu texto Lú, muito lúcido e pertinente. O assunto é serio, e os pequenos é que estão sendo prejudicados. Estas desculpas de falta de tempo e custos elevados para ter uma alimentação balanceada está ultrapassada. Ainda não tenho filhos, mas fico chocada com a quantidade de besteiras e refris que as crianças comem. Além da aversão a frutas e verduras. Como de tudo, tenho uma alimentação saudável apesar do biotimo que me leva a e viajar sempre a balança, mas agradeço todos os dias a eduçação alimentar que recebi em casa desde criança: frutas e verduras todos os dias em todas as refeições, refri só no final de semana, sorvetes/sobremesa só no domingo, limonada e sucos naturais a vontade... lembro q até q passei mal a primeira vez q comi um salgadinho "Cheetos" no colégio... Mas hj estes porcaritos fazem parte da alimentação diaria das crianças... Não tenho a menor ideia como funcionam as cantinas nas escolas hoje em dia, mas lembro que era o único lugar em que eu tinha contato com algum tipo de "junk food" e frituras.
    A questão da educação alimentar deveria fazer parte do programa nas instituições de ensino, não consigo ver como uma professora sem esta instrução em sua própria vida pode ser um bom exemplo em sala de aula... desculpem-me mas é mais do que preconceito, é uma questão prática... se obesidade é uma doença, certamente ela desqualifica estes doentes para exercer algumas profissões.
    Agora, sendo muito sincera, confesso que eu nunca consegui nem fazer aula de ginastica com uma professora gordinha, afinal se não funciona pra ela como eu iria me sentir estimulada a pular e correr sob seu comando.

    beijos Lú!

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  12. Oi Luciane, bom dia!
    Gostei muito do post e concordo! Vamos nos responsabilizar por nossas vidas e atitudes!!!
    Vamos assumir nossos erros e aprender com eles ao invés de arrumar desculpas para continuarmos no erro!!!
    Como eu sempre digo: "Desculpa de aleijado é muleta"
    não é só com os vícios, é com tudo de errado que fazemos. Sempre temos uma desculpinha para tentar justificar.
    Como quando um marido trai a esposa e diz que a culpa é dela porque ela não fazia sexo com ele e por isso foi buscar outra!!! Faça-me o favor!!!
    Eu erro como todo mundo, não sou melhor do que as outras pessoas! Mas estou aprendendo que cada um tem o dever de se cuidar, assumir seus atos e se responsabilizar por eles.

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  13. Oi achei super ceto tudo que vc escreveu aqui e assino em baixo!!!
    beijos

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  14. oi Lu, mas uma vez concordo com o seu texto. Gosto muito de ler suas ponderações, pois vc tem uma lucidez para encarar as coisas, uma franqueza para expo-los e ao mesmo tempo em alguns temas se mostra fragil e insegura. Eu gosto muito, pq me identifico,pq me vejo nas tuas respostas, e sei que é muito dificil ser assim, pois estamos sempre expostos a julgamentos e a recriminações. Cordordo com vc sim, pq estamos terceirizando a criação de nossos filhos e escolhendo sempre o caminho mais fácil e rápido. E eles estão pagando a conta. Uma pena.
    Bjs e paz,

    Selma

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  15. Sim, voce tem razão em muitos aspectos. Agora, cá entre nós, existe sim uma supervalorização da forma física, da beleza, da juventude. E existe, sim, preconceito contra qualquer um fora desse padrão.
    Tenho uma filha de 14 anos, linda, com um corpo ótimo, perfeitamente dentro do peso ideal. Mas vive descobrindo culotes e barriguinhas que não existem, simplesmente porque se compara com modelos artificiais de beleza.
    Aqui em casa comemos de forma super saudável: sempre em pequenas porções, com muitas verduras e legumes, sem refrigerantes, sem frituras, sem salgadinhos, sem "porcarias". Aliás somos vegetarianas, eu e ela. Só meu marido come carne, mas nunca em casa. Doces? Sim, comemos. Um bolo no fim de semana, uma geleia no café da manhã, uma colher de leite condensado para regar as frutas picadas. Enfim, uma alimentação saudável e adequada, sou bem atenta quanto a isso. Logicamente, todos estamos com peso adequado.
    Então, se minha filha, que é bonita e está dentro do peso saudável para ela, se sente pressionada pelo padrão de beleza/magreza vigente, imagino como se sentem aqueles que são de fato um pouco mais gordos, aqueles que não gostam de "malhar", aqueles que estão fora do conceito de beleza vigente. A coisa anda num ponto que tenho visto crianças envergonhadas já não apenas do seu proprio aspecto fisico, mas do pai barrigudo, das roupas fora de moda da mãe, etc.
    Olha, Lu, acho que falta no seu texto um pouco mais de carinho no "olhar" o outro, um pouco mais de aceitação. As pessoas são diferentes umas das outras, e que é bom que é assim...

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  16. Oi Lú.
    Primeiro, acho que tem certas pessoas que leem apenas o que lhes interessa. Ficou bem claro que ninguém aqui está falando dos "gordinhos" e muito menos de padrões de beleza exigidos pela sociedade.
    Estamos falando de pessoas obesas, que tem pressão alta, diabetes, não conseguem ficar de pé, andar, se mexer, trabalhar.
    E, concordo plenamente com você, com exceção das crianças, que são vítimas dos próprios pais, a maioria são obesos por questão de escolha sim.
    E, infelizmente, é preciso admitir que eles são menos capacitados para a maioria das atividades mesmo,em razão do estado físico e condições de saúde.
    Se você tiver um problema cardíaco sério, você é impedido de assumir um cargo público, e isso não é preconceito.
    Por que deixar de contratar um obeso seria? As consequências não são as mesmas?
    Esses dias escutei uma locutora de rádio famosa por aí, que teve a INFELICIDADE de comparar o preconceito sofrido pelos gordos e fumantes com o preconceito sofrido historicamente pelos negros!!!!!!!!!!!! Me pergunto: Quem botou essa infeliz pra falar no rádio????
    O preconceito com os negros, é, sim, um problema da sociedade.
    Com os obesos e fumantes, não, é problema de cada um, que escolheu ser assim.
    Então, de duas uma. Ou não ligue para os olhares tortos, como você diz, ou faça alguma coisa por você mesmo.
    E, deixemos de ser hipócritas, tem muito obeso por aí que tem condições de lutar contra isso, seja com dinheiro, seja com ajuda médica. Mas é mais fácil, sempre, botar a culpa em alguém do que se mexer pra mudar a situação.
    Aliás, desde que o mundo é mundo, é isso que as pessoas fazem. A culpa é do político, a culpa é da justiça, a culpa é da lei mal feita.
    Ninguém pensa que somos nós que colocamos eles lá, que são eles que fazem a lei (aliás, muito gente sequer sabe disso, e bota a culpa no judiciário).
    Enfim, eu acho que já passou da hora de deixar a hiprocrisia de lado e cada um assumir a sua responsabilidade sobre os seus atos.
    Beijo!
    Lê.

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. Oi Lu, acho esse seu espaço tão democrático, que me sinto perfeitamente a vontade em opinar sobre um assunto tão polêmico como esse. Seguinte: obesidade, fumo, álcool e outras drogas, td mundo sabe que faz mal. Existem obesos saudáveis? Sim, existem obesos com exames de colesterol mto melhor do que o meu. E tb existem fumantes que correm em maratona, sem infartar depois...Mas acho tb que é obrigação nossa, cuidar de nossa saúde o melhor possível. E isso inclui alimentar-se e embebedar-se com moderação, não fumar, praticar atividades físicas e etc. Porém, cada adulto, em sã consicência sabe de sí, e faz o que julga melhor, aguentando as consequencias. Já quanto às crianças, deveria haver uma lei proibindo-as de ingerir açúcar, refris em mamadeiras, td isso. Elas vão ter mto tempo se quiserem se maltratar depois, na vida adulta. Com relação às professoras que não foram aprovadas no exame físico, acho que o buraco é mais embaixo. Aí o governo, estado, sei lá quem, é que definiu que as moças não serão profissionais produtivas, viverão em licença médica por pressão alta, o que será mais despendioso, contratar outros profissionais para substitui-las e etc. Aí é um caso burocrático mesmo. Sei que o foco do post não foi esse. Com a idéia / tema do post (não permitir que nossas crianças sejam futuros obesos) eu concordo plenamente. Tenho vontade de chorar qdo vejo uma mãe dar suco com açucar, refrigerante, na mamadeira a uma criança. E quando insistem, levam crianças de colo ao MC, e dão pedacinhos pequenos de hamburguer, batatas fritas...Um paladar ainda em adaptação...se acostumará com tudo ao extremo, doce demais, salgado demais...e daí virão os hábitos ecas, de salgadinhos, comida com mto sal, caixas de bis diariamente. É realmente lamentável!
    Bjos!

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  19. Desculpe, viu, LU, é que eu adoro colocar uma pimentinha (sem ofender ninguem, é claro), nas discussões....rsrs.
    Sou uma micro empresária, e tenho 12 pessoas trabalhando comigo. Com admissões e demissões, creio que tenho trabalhado com umas 120 ao todo. Amostra minuscula, eu sei, sem nenhum valor estatístico. Mas se tivesse que escolher um "grupo de risco", aquele que "vira e mexe" está em licença médica, eu não teria dúvidas: é o grupo dos homens que jogam futebol. Vão jogar no domingo, e na segunda sempre tem um dedo quebrado, um musculo distendido, uma contusão na virilha...Olhem só a perda de produtividade, talvez os orgãos públicos devessem se preocupar com isso, nas contratações!!! Quanto a mim, prefiro os gordos!:)
    (Tentei assinar com o pseudonimo Certas Pessoas, mas nem sei fazer, vai ter que ir com meu nome mesmo...rsrsrs)

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  20. Oi Lu,
    é impressionante como concordo muuuuito com suas colocações e admiro sua coragem em publicá-las. E acho que nada é desculpa para comer um monte de porcarias. Dá para comer muito saudável e gastando pouco, é só ter vontade. Vai na feira na hora da xepa, aproveita bem os alimentos, procura informações. O SENAC ensina a cozinhar aproveitando até as cascas do alimento. Se não tem dinheiro para comprar suco, não precisa beber refrigerante, bebe água. Vc vê gordo bebendo água? Outro dia vi uma pessoa imensa no MC com DOIS sanduiches na mesa. Com menos do que ela gastou ali comeria um prato com um grelhado, arroz e salada. Estaria melhor alimentada e com muito menos calorias. O que me parece é que vivemos um mundo em que as pessoas só pensam no prazer imediato. As pessoas não pensam nas consequencias de suas atitudes a longo prazo, e isso se refere a tudo, não só à alimentação. Não acho que a obesidade seja uma questão estética, é sobretudo, uma questão de saúde. Pode até ser que vc ache algum obeso com colesterol bom, mas e a pressão? a capacidade cardio-vascular? a estrutura óssea que não aguenta tanto peso? precisar de uma ciorurgia e não poder ser operado pelo excesso de gordura? não poder correr com os filhos por que não aguenta? morrer muito antes do que poderia se tivesse cuidado da saúde? não deixa de ser uma forma de suicídio.
    Acho que a filosofia do politicamente correto, muitas vezes acaba acobertamendo demais condutas que não são tão corretas.
    E, masi uma vez, parabéns pela clareza ao colocar o assunto!
    BEijo,
    Lu

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  21. Oi Lu, há muito visito seu blog,mas nunca deixei comentário, mas como este assunto muito me interessa, resolvi deixar a minha opinião, o meu filho de 5 anos tem uma tendência enorme a engordar e sofro junto com ele, o problema é que meu forte e minha paixão é fazer doces, mas amo muito mais é lógico meu filho, então faço algumas mudanças sempre, é uma luta constante, o meu marido também é gordinho, mas acho que é do organismo, pois ele come bem pouco, é muito ativo, parabéns por tudo, qualquer hora passa lá no meu blog, beijos

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  22. @cintia
    Cintia,
    vc já levou seu filho no endocrinologista? Minha prima engordava muito nessa idade, minha tia levou ela ao médico e descobriu que não podia comer frnago nem ovos. Foi só tirar isso da dieta e ela "encolheu" rapidamente. Uma amiga sofreu muito até descobrir que não pode ingerir alguns tipos de proteínas. às vezes a solução é mais simples do que pensamos! Boa sorte!

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  23. Oi Lu!
    Concordo com tudo o que você disse nesse post! Você soube expressar exatamente o que eu penso mas nunca consegui dizer com tanta clareza!
    Bjos

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  24. Hoje recebi a época desta seman que tem na capa a matéria ,como ensinar as crianças a comer direito.
    Na hora pensei:é só os pais comerem direto!
    Eu tenho dois filhos depois que o segundo nasceu, engordei horrores fiquei obesa 1,64/90k trinta quilos a mais doque pesei minha vida toda. Hj estou com 75 kilos em luta para emagrecer pois é uma batalha. Mas sei exatamente por que engordei: Comi demais.
    Meus filhos não bebem refrigerantes,porque eu não compro para casa refrigerantes,nem doces industrializados nem biscoitos recheados. As vezes eu tomo quando em um restaurante.As pessoas ficam abobadas quando eles pedem alface ,tomate,beterraba ou comem arroz com brócolis.Só acreditam que não bebem refrigerante quando oferecem e eles recusam.E como fiz essa mágica?
    Nunca ofereci,nem tenho esses alimentos na despensa.Mostro a importância da alimentação saudável ,durante o preparo e durante o almoço.
    Trabalho 10 horas por dia, não tenho empregada e faço a comida para nos 4 todos os dias e todo dia tem legume cozido e alguma folha verde.E não é mais caro comer o alimento natural...Só como exemplo,eu reparo no mercado que as pessoas compram refrigerante nas compras domês!!quanto custa por uma semana?
    Eu comprei um extrator de suco semi profissional:100,00 a cada 2 semanas compro um saco de 25k de laranja 28,00 a35,00 eu gasto 70 reais por mês para ter suco de laranja TODOS OS DIAS no café da manhã e nas refeiçoes.um refrigerante de 3,50 por dia já da 105,00 reais por mês.
    Eu fico horrorizada na escola quando vejo o cafe da manha das crianças,bolachas e suco industrializados. Nos acordamos cedo e s´saio de casa com o café da manhã tomado.
    Quanto custa isso para o bem dos meus filhos?
    Meu sonho é agora minha casinha ficar pronta pois já separei 100m2 para nossa horta orgânica.
    E antes que achem que sou super natureba,vou ao MacD de vez em quando.De veeeeeeeez em qundo.
    Bj Lu e amo teu blog!
    Andrea

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  25. Caramba! Lá vem você com mai0s um texto excelente!
    Você escreveu exatamente o que penso!

    Há anos atrás, eu trabalhei em um mercadinho de interior. Eu fazia meio que de tudo, sabe. Atendia os clientes, era caixa, repositora... de tudo um pouco. E nesse tempo pude observar muito o comportamento de pessoas com suas compras e diante da compra dos outros também.

    Tinha uma mulher por exemplo, que ainda grávida, vinha todo santo dia, comprar aquele famoso refrigerante de Cola, sabe. Todo dia ela vinha comprar 2 garrafas. Pois bem, a filhinha nasceu, e a rotina continuou. Passados uns 3 ou 4 meses, ela chegou no mercado, colocou a menina no carrinho e deixou perto do caixa, pediu se eu poderia olhá-la. Respondi, obviamente que sim. Então ela se dirigiu à prateleira, pegou um pacote de salgadinhos e deu pra menina chupar, pegou uma latinha do tal refrigerante e colocou na chuquinha e deixou do lado da menina.E foi fazer suas compras.

    Não preciso nem falar o que senti!

    Meses após essa cena, sai do mercado. E mais algum tempo depois, revi a menininha. Devia ter um ano e meio ou 2. Mas estava exageradamente gorda.

    Fico pensando: Pra que dar salgadinho e refrigerante pra criança? Que valor nutritivo tem isso! Caramba!!!!

    Também via crianças que faziam escândalo no mercado porque queriam tal doce ou salgadinho.Ué, gente! Se o pai ou a mãe nunca tivessem dado essas porcarias para eles, eles não iriam fazer birra para querer. Não existiria birra se a criança pedisse, por exemplo, uma maçã!
    rsrs

    Já falei demais!
    Bj

    ResponderExcluir

Obrigada pela visita!

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