Google+ minha casa, meu mundo: Maternidade x Trabalho x Culpa

28 de setembro de 2012

Maternidade x Trabalho x Culpa

Postado por Lu Ramos

Eu acompanho alguns blogs sobre maternidade, apenas alguns porque acho a maioria muito radicais. E o assunto "maternidade x trabalho" está sempre em pauta, sempre como se trabalhar ou não fosse uma opção para a maioria das mães, o que ao meu ver é um completo absurdo! E ver esta questão sob este enfoque, totalmente dissociado da realidade, serve apenas para fortalecer a cultura da culpa materna. E de culpas, nós mães estamos cheias!

Um tempo atrás, a Lu Brasil fez um post  sobre a sua decisão de voltar a trabalhar em casa (veja que ela não disse que vai parar de trabalhar), você pode ler  AQUI, e lá ela fala uma grande verdade sobre estes discursos que invariavelmente culpam as mães que trabalham fora:
E pode reparar, quem mais abre a boca pra falar esse tipo de coisa é gente que não tem talento nenhum na vida “Oi, eu era empacotadeira nas casas Bahia e larguei tudo (defina tudo) pra cuidar do meu filho pois não vou terceiriza-lo”, oi nega, largar emprego de um salário é fácil, sorry. Estude, estude muito, dê tudo de si, suba degraus, chegue ao topo e largue tudo, aí sim eu faço uma estátua sua no meu jardim.
Ela está coberta de razão... largar um salário que não faz grande diferença no orçamento familiar é uma decisão relativamente simples, não há muito o que pensar. No fim das contas, colocando na ponta do lápis, é capaz da pessoa estar pagando para trabalhar. O problema é largar um salário que é ESSENCIAL para a família. Daí me parece um absurdo considerar uma mãe pior aquela mulher que não tem a opção de ficar com os filhos em tempo integral.

Antes de começar a discutir o assunto é preciso estabelecer que deixar de trabalhar NÃO é uma opção válida para a maioria esmagadora das mulheres, não é para mim e não é para ninguém que eu conheça. Eu preciso trabalhar para pagar as contas, para manter meus filhos nas melhores escolas e dar-lhes todos os confortos possíveis. Simples assim.

Evidentemente, se eu pudesse escolher não trabalharia e ficaria todo o meu tempo ao lado das crianças! Mas como não posso, tento fazer o meu melhor com o tempo que disponho, com a minha realidade.
Vejam, não estou aqui tratando de feminismo, das conquistas da mulher no mercado de trabalho, blá, blá, blá... porque este enfoque é uma grande besteira. O fato que na atualidade, são poucas as mulheres que tem a CHANCE de ficar em casa com os filhos em tempo integral. E estas são imensamente felizes, eu sei.

A realidade é que a esmagadora maioria das mulheres PRECISA trabalhar para ajudar no sustento da família. Ponto.

Diante disso de que serve este discurso que culpa as mães trabalhadoras? A quem serve?

Vamos deixar os discursos fantasiosos de lado? Vamos parar de culpar ainda mais que já está atolada de problemas?

Um beijo
Lu

65 comentários:

  1. Lu, te acho uma pessoa muito centrada e com opiniões muito válidas e bem argumentadas. Eu não sou mãe, mas quero muito entender o que se passa com quem o é. Juro, juro que não estou sendo ironica nem nada com a pergunta que farei, estou MESMO querendo entender como é pra não falar bobagem por aí...minha dúvida é a seguinte: se a pessoa estuda tanto, por tantos anos, se dedica com afinco, durantes anos pra ter seu tão sonhado sucesso profissional, por que essa pessoa, no auge de sua carreira resolve engravidar? Se ela sabe que não poderá ser mãe em tempo integral e que provavelmente não verá seu filho dar os primeiros passos ou perder o primeiro dente? Juro que não estou criticando ou sendo ironica...juro! Queria entender de verdade e como não sou mãe, não tenho como saber....todas falam que a visão de mundo muda inteiramente quando se é mãe....e isso complica mais ainda minha compreensão sobre esse assunto...Desculpe se pareci rude, não foi minha intenção mesmo. Quero, antes, saber como é aí desse lado (mãe/trabalhadora) antes de sair falando do meu (só trabalhadora)
    Muito obrigada pela compreensão e pelos esclarecimentos se puder me dar.....
    Bjos

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    1. Regiane,
      de forma alguma você foi rude!
      mas a maternidade nem sempre é programada, eu tive a Tóia no último ano da faculdade... foi um perrengue continuar estudando até passar em um concurso,mas no fim deu tudo certo.
      A questão que levanto é por que culpar quem precisa trabalhar e que isso não exclui ter filhos. Dá perfeitamente para conciliar tudo, ao menos eu acho.

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    2. Lu, sou mãe há 4 anos e quando descobri a gravidez resolvi trabalhar em casa.
      Mas esse papo de abandonar totalmente a carreira, e o dinheiro para se dedicar a um filho é balela.
      E depois que me mudei para o interior, arranjei mais uma ocupação, além dos projetos também faço artesanato agora.
      E quando os filhos crescem? Vc terá mais uma culpa de não ter feito tudo o que podia por ele.
      Faça tudo que puder por eles, mas nunca se anule!

      Beijos!

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  2. Olá Lu,

    Apesar de não ter filhos acho esse assunto muito pertinente, e tenho uma opinião bem formada sobre isso.
    Primeiro acho que é um bocado uma questão "geográfica". Cá na Europa não é comum as mulheres deixarem de trabalhar para ficarem em casa a cuidar dos filhos. As que o fazem são a) pessoas com salários muito pequenos e muitos filhos e que simplesmente não vão pagar para trabalhar, como tu disseste e bem, ou são b) pessoas vazias e desocupadas. Isto parece um bocado radical, mas é a visão generalizada que a população (pelo menos cá em Portugal) têm acerca das mulheres que deixam de trabalhar para cuidar dos filhos. Que são vazias, preguiçosas, que escolhem viver à custa dos maridos, sem fazer nada. (porque a verdade é que os filhos, mesmo pequenos têm as suas vidas, a escola, as atividades extra-curriculares, ...)
    A minha mãe trabalhava quando eu estava a crescer, assim como as mães de todos os meus amigos, e eu não sinto que perdi nada com isso. Pelo contrário, ganhei muito, ganhei em autonomia, em capacidade de resolução de problemas... Cresci melhor, porque não tinha a mãe "atrás de mim" todo o dia a ajudar-me com tudo, levar-me à escola, buscar-me à escola... aprendi cedo que sim os pais ajudam, educam, amam os filhos mas não estão lá sempre para resolver todos os problemas, que temos que saber cuidar da nossa própria vida.
    Pelo contrário os (poucos) meninos cujas mães não trabalhavam eram os "mimados", aqueles que choravam a cada problema que eram totalmente dependentes de terceiros e incapazes de tomar resoluções sozinhos.
    Eu sou bastante contra essa coisa das mães deixarem de trabalhar, acho que no primeiro, eventualmente nos dois primeiros anos de vida, talvez faça algum sentido, mas depois não. Depois as crianças querem ser crianças, conviver com outras crianças e aprender a serem "pessoas". Por outro lado, pela perspectiva da mãe acho que ainda faz menos sentido, filhos são importantes na vida das pessoas, filhos são a coisa mais importante na vida das pessoas, mas não podem ser a única. Pela felicidade (e sanidade mental!) da mãe (e dos filhos) as pessoas precisam ter mais na vida do que os filhos. Coisas que gostam, que os entusiasma, (convenhamos, ninguém tem paciência para aquele pai que não sabe falar de mais nada que não sejam os filhos!) Até porque isso cria muitas expectativas, anseios nos pais que depois tantas vezes se traduzem em frustrações, ressentimentos e mágoas.
    Eu acho que as palavras chave quando toca a mães passarem tempo com os seus filhos são quality time. Os pais não precisam estar todos os minutos do dia com os filhos. Os pais precisam de passar tempo de qualidade com os filhos, em que se interessam pela vida dos filhos e lhes dão atenção e carinho.

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  3. Olá Lu,

    Apesar de não ter filhos acho esse assunto muito pertinente, e tenho uma opinião bem formada sobre isso.
    Primeiro acho que é um bocado uma questão "geográfica". Cá na Europa não é comum as mulheres deixarem de trabalhar para ficarem em casa a cuidar dos filhos. As que o fazem são a) pessoas com salários muito pequenos e muitos filhos e que simplesmente não vão pagar para trabalhar, como tu disseste e bem, ou são b) pessoas vazias e desocupadas. Isto parece um bocado radical, mas é a visão generalizada que a população (pelo menos cá em Portugal) têm acerca das mulheres que deixam de trabalhar para cuidar dos filhos. Que são vazias, preguiçosas, que escolhem viver à custa dos maridos, sem fazer nada. (porque a verdade é que os filhos, mesmo pequenos têm as suas vidas, a escola, as atividades extra-curriculares, ...)
    A minha mãe trabalhava quando eu estava a crescer, assim como as mães de todos os meus amigos, e eu não sinto que perdi nada com isso. Pelo contrário, ganhei muito, ganhei em autonomia, em capacidade de resolução de problemas... Cresci melhor, porque não tinha a mãe "atrás de mim" todo o dia a ajudar-me com tudo, levar-me à escola, buscar-me à escola... aprendi cedo que sim os pais ajudam, educam, amam os filhos mas não estão lá sempre para resolver todos os problemas, que temos que saber cuidar da nossa própria vida.
    Pelo contrário os (poucos) meninos cujas mães não trabalhavam eram os "mimados", aqueles que choravam a cada problema que eram totalmente dependentes de terceiros e incapazes de tomar resoluções sozinhos.
    Eu sou bastante contra essa coisa das mães deixarem de trabalhar, acho que no primeiro, eventualmente nos dois primeiros anos de vida, talvez faça algum sentido, mas depois não. Depois as crianças querem ser crianças, conviver com outras crianças e aprender a serem "pessoas". Por outro lado, pela perspectiva da mãe acho que ainda faz menos sentido, filhos são importantes na vida das pessoas, filhos são a coisa mais importante na vida das pessoas, mas não podem ser a única. Pela felicidade (e sanidade mental!) da mãe (e dos filhos) as pessoas precisam ter mais na vida do que os filhos. Coisas que gostam, que os entusiasma, (convenhamos, ninguém tem paciência para aquele pai que não sabe falar de mais nada que não sejam os filhos!) Até porque isso cria muitas expectativas, anseios nos pais que depois tantas vezes se traduzem em frustrações, ressentimentos e mágoas.
    Eu acho que as palavras chave quando toca a mães passarem tempo com os seus filhos são quality time. Os pais não precisam estar todos os minutos do dia com os filhos. Os pais precisam de passar tempo de qualidade com os filhos, em que se interessam pela vida dos filhos e lhes dão atenção e carinho.

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  4. (Continuação que não cabia no comentário anterior:)
    Vou contar a minha história em relação a isso: até aos meus 10/12 anos o meu pai trabalhava fora de casa. Saia à segunda feira de manhã e só voltava sexta à noite: Não o fazia porque queria, mas porque não tinha mesmo outra opção mas eu sei que lhe custava. Mas a mim nem por isso. Tinha saudades dele durante a semana? Claro! Mas nunca senti que tivesse um pai ausente, porque quando ele passava tempo comigo, passava mesmo. E estava em todas as coisas que eram importantes. Eu lembro-me que ele chegava às sextas à noite, por volta das 6 horas, e a partir da 5:30 e já não pensava em mais nada. Quando ele às 6 entrava em casa eu gritava "papiiii" e corria para o colo dele. E aí ficava durante uma ou duas horas, e falava, falava, falava. Contava tudo o que se tinha passado na escola, todas as brincadeiras que tinha feito, tudo, tudo, tudo. E ele ouvia. Ficava quieto, comigo no colo a ouvir. Durante o tempo que fosse preciso. Esses momentos são das memórias mais bonitas que tenho da minha infância, eu sentada no colo do meu pai a contar a minha semana. E esses momento criaram entre nós um elo que dura até hoje (tenho 28 anos).
    Desculpa o testamento Lu, mas eu acho um disparate as mães sentirem-se culpadas por trabalharem e queria contar esta história do ponto de vista dos filhos.

    PS: para clarificar:1- eu não tenho nada contra as mulheres que deixam de trabalhar para cuidar dos filhos, só acho que para o desenvolvimento das crianças é melhor que os pais trabalhem e tenham interesses para além dos filhos/vida familiar.
    2- Eu não acho que as mulheres que deixam de trabalhar sejam umas vazias, desocupadas que querem viver à custa dos maridos, apenas sei que essa é a visão generalizada que a população da zona onde eu vivo tem sobre as mulheres que deixam de trabalhar.

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    1. Catarina, achei super bacana sua história com seu pai, ilustra muito bem a perfeita possibilidade de amar os filhos e bem educá-los mesmo quando não estamos presentes em tempo integral, o que, insisto, é a realidade da maioria das pessoas.

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  5. É mesmo, vc e a Lu estão certíssima, reclamar de largar tudo qdo se ganha pouco? Quero ver estudar sua vida inteira, chegar no cargo mais alto q vc pode ter dentro de uma grande multinacional e largar tudo... aí sim é de se parar p/ pensar.
    Eu tenho endometriose profunda e fazem 4 anos estou tentando engravidar e não consigo. Agora estou pensando na adoção pq sinto q para a familia ser completa falta uma criança, mas para isso tenho de largar tudo, mesmo q seja por um tempinho. Sou engenheira, resp. geral de qualidade e segurança, de uma grande multinacional de energia e como viajo muuuuito e vivo em canteiros de obras e usinas hidrelétricas acaba sendo inviavél conciliar maternidade e profissão. Tenho pensado muuuito, pois sei q meus rendimentos equivalem a metade da renda familiar e tb está sendo direcionada para pagarmos mais rapidamente o apê, mas caso deixe tudo, imagino q será por um tempo e não sentirei culpa pq a vida é feita de escolhas e se são para o bem da família....
    Um beijo, um abraço e adorei seu post. Te sigo faz um tempo, mas nem sempre comento; porém hj... hj foi diferente.
    Excelente fim de semana para vc e tds q passam por aqui. ;D

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    1. Anna,
      acho bacana se programar para parar e também para voltar. É importante pensar na volta, porque duvido que você tendo uma profissão que te exija tanto, consiga ficar parada durante muitos anos... sem falar que logo os filhos criam asas e já não precisam tanto de nós.

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  6. Achei teu post muito inteligente e apoio, só queria deixar minha opinião, eu sempre trabalhei mesmo depois de duas gestações seguidas, saia cedo e voltava bem tarde pois ainda fazia faculdade a noite na época, meu marido trabalhava em outra cidade e ficava as vezes até 60 dias fora, eu tinha uma "abençoada" que morava comigo e atendia as crianças, nunca deixei de dar atenção, levar ao médico ou brincar com elas, mas procurava organizar meu tempo e sempre conversamos muito. Hoje são adultas na idade da faculdade, meninas inteligentes, que buscam crescimento profissional e pessoal, são seguras de si e sempre ressaltam a educação que tiveram. Temos um ótimo relacionamento de amizade, respeito e amor. Não acho que seja necessário para sua vida para ser mãe, mas entendo que algumas mulheres preferem ficar em casa passando necessidades a deixa o filho ou sobrecarregando o marido, é uma questão de cultura.
    Um abraço

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    1. Lucia,
      tua história é a história da maioria das mulheres do mundo moderno! Parabéns por ter criado duas filhas tão bacanas!

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  7. bom acho esse assunto bem polemico e vou deixar minha humilde opinião aqui...não importa se a pessoa estudou a vida toda, se é bem sucedida nos negocios, se é uma executiva ou se ela é uma simples "empacotadora das casas Bahia", todo trabalho é digno e sorte de quem consegue vencer profissionalmente, acho que todo trabalho merece nosso respeito, eu não me formei e tive que abandonar meu trabalho que pra mim era muito importante por problemas pessoais, meu marido viajava muito e eu não tinha com quem deixar meus filhos, entao eu precisei parar com tudo pra poder acompanhar de perto a educação deles.Foi uma decisao bem pensada, não me arrependo, hoje se tivesse trabalhando fora com certeza meu padrao de vida seria totalmente diferente, teria mais dinheiro, moraria num lugar melhor, mas não sei se isso vale muito a pena nos dias de hoje. Acho que algumas mulheres preferem trabalhar fora nem tanto por necessidade mas sim por preferir fugir do dia a dia cansativo que toda dona de casa tem qdo se dedica 24 hs do seu tempo pra familia, não existe reconhecimento algum da sociedade, mas tbm acho uma hipocrisia quem opta em não abrir mao da profissao e deixa seus filhos com terceiros, ficarem se martirizando e se sentindo culpadas o tempo todo como se isso fosse o maior de todos os pecados.A pessoa tem que ser adulta pra querer ou não tomar esta decisao e arcar com todas as consequencias, inclusive dela abandonar seu trabalho e la na frente levar um pe´dos filhos como muitas que eu conheço e ate mesmo terceirizar os filhos e depois ficar atras de clinicas tentando recuperar seus filhos das drogas e de outros vicios que dinheiro nem posicão social estao livres de serem atingidas .bjossss Ro.

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    1. Rosana,
      existe o seu lado também, de quem precisa largar o trabalho simplesmente porque não tem quem cuide dos filhos! E isso é errado? Lógico que não. Acho uma maravilha quem pode se dedicar integralmente à educação das crianças, morro de inveja branca e se pudesse faria o mesmo.
      A questão é demonizar a mãe que precisa continuar trabalhando, quando parar não é uma opção.
      E não sei dizer, desconheço qualquer pesquisa a respeito, se filhos de mães que trabalham fora são mais propensos a usar drogas...

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    2. Lu eu não "pude" abrir mao de tudo pra cuidar de meus filhos eu precisei é bem diferente, abri mao sim de muitas coisas por isso so que não me arrependo, entendo que muitas mulheres não podem abrir mao do trabalho por N motivos o que eu acho é que as mulheres precisam parar de se culpar por deixarem seus filhos sozinhos ou por terem que abrir mao de suas vidas profissionais por eles, os filhos não pediram pra nascer entao cabe a nos termos maturidade pra assumi-los e ama-los independente de estarmos longe ou não deles..qto as drogas, cada um tem um ponto de vista e eu respeito todos..bjossss um domingo de paz pra vc..Ro

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  8. Oi, Lu! Post muito bom e sujeito a polêmicas. Li a postagem da Lu Brasil quando ela a escreveu e, na hora, concordei em gênero, número e grau. Nem ela nem você questionam a dignidade do trabalho de quem "é empacotadora das Casas Bahia", mas sim, expõem a facilidade que é desvencilhar-se de uma ocupação com parcos rendimentos.Isso é um fato, ainda que consideremos que aquela atividade possa representar, financeiramente, muito para quem a tem. Entretanto, em se tratando de trabalho não especializado é mais fácil conseguir outro e mais fácil desvencilhar-se dele. Isso posto, quero pôr mais lenha na fogueira. Você não acha que muitas mulheres são mães apenas por uma questão cultural, para cumprir um papel que a sociedade espera dela? Não sou mãe por opção e jamais tive essa crise existencial do tal sentido da vida que, dizem, a maternidade dá. O mais curioso é que o que mais ouvi, ao longo da vida, foram frases tais como: "Se eu tivesse tido cabeça, teria feito como você..." Nesses momentos constato que muitas mulheres são mães para "bater o cartão de ponto". É o que mundo deseja delas: procriar. Outro dia, li num blog, cuja autora largou "tudo" para ser mãe (e que por bem julgo ser melhor não citá-lo), declarações que me fizeram sentir pena do menino, vítima de uma paixão desenfreada que, certamente, o sufocará por toda a vida. Um candidato aqui da minha cidade tem aproximadamente 40 anos, é solteiro, mora com a mãe e todos dizem que ele se casará somente quando ela morrer... Esse amor passional, nada saudável, leva a relações assim. Cada mulher deve decidir o que lhe é melhor, mais conveniente, o que a torna mais feliz, porém sem tirar do pensamento que amor demais é tão nefasto quanto amor de menos...
    Beijo!
    Maria

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    1. Maria,
      eu concordo plenamente que existem mulheres que procriam apenas para cumprir o papel que a sociedade lhes dá, e que muitas não querem filhos! Ora, não querer ter filhos é uma escolha que deve ser respeitada como qualquer outra! Tenho amigas que nunca quiseram ter filhos e são super felizes. Essa obrigação da maternidade gera apenas frustração, na mãe e na criança, porque criar um filho é o trabalho mais desgastante que alguém pode ter na vida, quando chegam na adolescência então, dá vontade de gritar!
      Quanto a estas relações doentias com os filhos... melhor nem comentar, vejo muito disso por aí e fico assustada...

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  9. Oi Lu! Adorei seu post por falar na culpa que somos levadas a sentir. Todo mundo quer definir o que é ser uma boa mãe. Mãe tem que ter parto natural (sem anestesia de preferência), amamentar até quando o filho quiser, dormir com o filho todos os dias. E se você não quer sentir dor? E se precisa trabalhar e deixar de amamentar? E o casamento, como fica? Outros dizem que mãe tem que trabalhar, tem que ser executiva/mãe/mulher perfeita, ter mil tarefas e dar conta de tudo. Quando nos tornamos mãe abandonamos nossa condição humana?
    A relação pais e filhos é única e cada uma tem sua dinâmica. Precisamos olhar para a nossa família e ver o que ela precisa, o que lhe faz bem, e não fazer o que todo mundo diz que é bom. Para mim, ser boa mãe é isso: cuidar de seus filhos olhando o que cada um precisa para crescer e ser uma pessoa consciente e realizada. Não importa se você trabalha fora ou não.
    Quando minha filha nasceu continuei trabalhando. Sofrí muito. Queria ficar perto. Mas não podia parar naquele momento. Era importante para nossa família, e ela estava super bem. Há 2 anos ví que precisava ficar mais tempo com ela. Conversei com meu marido. Financeiramente era possível. Pedí demissão. Trabalhava em uma multinacional em cargo de chefia. Uns me chamaram de louca, outros de "boa mãe". Mas pelas consequências de qualquer decisão, somente eu vou responder, então não ligo para o que pensam.
    Continuo em casa mas estou estudando/investindo em uma nova carreira para os próximos anos. Mostro para minha filha que trabalhar é bom, estudar é bom e que se nossa família está feliz é melhor ainda.

    Bjs,
    Keila

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    1. Keila,
      eu tenho até medo destas mães que ficam ditando regras... aliás, tenho é pavor! kkkk
      Ser boa mãe é bem cuidar de seu filho para que ele cresça e se torne uma boa pessoa, para que seja feliz. E isso não depende exclusivamente de tempo...
      Cada família é única e só nós podemos saber quais as melhores decisões a serem tomadas.
      Eu te admiro por ter largado tua profissão! E vc está certa, é importante pensar na volta, porque quando os filhos crescem não querem mais saber de nós!

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  10. Concordo com a Rosana Francisco,no que diz respeito ao salario e ao tipo de trabalho.
    E minha opiniao e diferente da maioria e pode ate ser machista , mais acredito muito que a maioria dos problemas enfrentados hoje na sociedade se deve ao fato da maioria das mulheres trabalharem fora de casa , e deixar seus filhos muitas das vezes com pessoas desqualificadas.

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    1. Luciene,
      Eu até concordo que muitos problemas são causados pela ausência dos pais. A questão é que a maioria esmagadora precisa trabalhar para viver... e daí como faz?
      Um beijo querida!

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  11. Olá, ainda não sou mãe e apesar de ter estudado bastante e ainda querer estudar mais, acredito que emprego tá difícil para todo mundo e quem é "empacotadora das Casas Bahia" mesmo tendo um baixo salário, precisa sim daquele dinheiro e infelizmente na maior parte são as mulheres que fazem o sacrifício de sair do emprego, seja para cuidar de um filho ou até mesmo ficar perto do marido, meu caso. Moro sozinha, sou independente e estou largando tudo para morar em outra cidade após casar, já que ele passou em um concurso público, ou seja, foi a decisão mais plausível. Porém, acredito sim que tenha mulheres bem sucedidas que se realizam com a maternidade e deixam a carreira de lado ou qualquer outra mudança. Logo, todos estamos em busca do que nos faz feliz, independente do que os outros julgam ser o certo. Beijos. Michelle Pereira.

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    1. Michelle,
      concordo com você, o que me irrita é rotular as mulheres que trabalham fora!

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  12. Oi, Lú!
    Já falei sobre isto em meu blog. Não condeno quem trabalha fora por opção ou necessidade, acho que este tipo de decisão cabe para cada família decidir o que é melhor pra si e para os seus. Eu antes de me casar e ter minhas filhas já havia conversado com meu esposo que esta seria minha decisão, me dedicar exclusivamente à minha família. Sou formada no ensino superior, minha profissão nao é muito reconhecida, e mesmo passando alguns apertos financeiros ainda prefiro ficar a cuidar delas do que deixá-las aos cuidados de terceiros. Acredito que esta é minha responsabilidade e me sinto feliz assim, mesmo sentindo falta da idependência finaceira. Não sei se tem à ver pela minha criação, pois uma das minhas irmãs pensa e age bem diferente de mim. Mas acho que independe da decisão, o ideal é não sentir culpa, seja por trabalhar ou por não trabalhar e deixar de contribuir finaceiramente. Ser feliz é a melhor escolha. Beijos mil

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    1. O difícil é não sentir culpa!
      Eu queria muito ficar mais próxima das crianças e sinto culpa por não poder fazer isso.
      Um beijo

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    2. Olá, Luciane (quase chará!).

      Cheguei há pouco no blog e estou adorando muito. Cheguei aqui neste papo e também estou gostando. Mesmo atrasado, gostaria de opinar sobre o assunto.

      É muito raro encontrar mães que não tenham culpa. Se trabalham fora é porque não têm tempo integral para ficar com os filhos. Se ficam em casa, algumas não têm condições de dar aquilo que acham ser necessário aos filhos e se sentem inúteis. E existem aquelas sortudas (invejinha branca) que podem manter o mesmo nível econômico e deixam de trabalhar para se dedicarem aos filhos.

      É uma lenha. Achei muito interessante a questão do valor do salário x a "demissão". Realmente, como no meu caso, abrir mão de um rendimento que praticamente sustenta a casa não é uma decisão fácil, diferente de - como alguém comentou - quem não tem um preparo, uma profissão que a remunere à altura de suas necessidades, ou seja, aquilo que foi colocado: abandonar um emprego de salário mínimo é até fácil, agora, abrir mão de uma posição de chefia, de uma remuneração "pesada" para ficar com os filhos é dureza (não sou chefe mas meu salário sustenta e muito a minha casa).

      Eu trabalho há mais de 20 anos, fui mãe aos 40 e continuo trabalhando. Não me sinto culpada por isso, mas se eu pudesse abrir mão e ficar em casa cuidando do meu filho, eu o faria. Mas eu penso o seguinte: não ficaria com meu filho o dia inteiro, eu o colocaria na creche - que é onde ele está - meio período, porque acho que esse negócio de ficar o dia inteirinho com a criança não é muito saudável, visto que hoje em dia as famílias são pequenas e muitas crianças não têm irmãos, que é o caso da minha.

      Repito: não me culpo por trabalhar, pelo contrário, fico aliviada porque trabalho e posso dar ao meu filho uma boa alimentação, bons médicos e uma boa creche.

      Mas quando eu tenho que fazer algumas craftices... aí sim, eu me sinto culpada!

      Viu como a culpa sempre existe?

      E por último, entendi muito bem a tua colocação quando se cria rótulo de mãe que TEM que trabalhar. É muito fácil rotular quando se tem alguém que te sustente no nível que você teria se tivesse trabalhando. Como meu marido não pode me dar "boa vida", então, tenho que ir à luta, mas também não condeno quem pode ficar em casa só à disposição da família. Bem que eu gostaria, mas........

      Abraços.

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  13. Vim aqui novamente pois passei o dia pensando sobre esse assunto, já que tive uma mãe que nunca trabalhou fora e talvez se tivesse trabalhado teria sido diferente, pois ela estava ali presente em corpo apenas, já que não me dava menor atenção, não conversava sobre nada do que acontecia no meu cotidiano, mesmo sendo uma criança. Em compensação, um pai que estava sempre trabalhando muito e quando estava presente fazia eu me sentir extremamente feliz, com todo carinho, conversa e brincadeiras. É isso... Michelle Pereira

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  14. Acho que não se deve rotular ninguém, cada um sabe da sua escolha, o que é melhor pra sua vida e família. Não importa o cargo que ocupe, afinal aquela "empacotadora da Casas Bahia" pode não ter tido a a oportunidade de estudar e subir na vida, mas com certeza é um emprego que pra ela faria muita falta sim, ninguém sabe das necessidades dela.Tanto as que largaram o emprego como as que ainda trabalham são guerreiras.Eu parei de trabalhar por opção minha, e escutei um monte de barbaridades ao longo desse tempo principalmente de mães que trabalham fora, então sinceramente, acho que pesa pros dois lados.Se você larga tudo, "você não faz nada na vida" e se você continua, "é desnaturada por deixar de os outros criarem os filhos". Façam o que acharem melhor pras suas vidas, o resto não importa!! Minhas filhas estão crescidas, me sinto realizada e agora voltarei a trabalhar porque acho que chegou o momento.Irei mais tranquila. Beijosss

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  15. e vc acha que a pessoa que é empacotadora nas casas bahia,e que ganha um salario minimo é diferente a necessidades dela do que a sua só porque vcs estudaram e ela não?independente do status meu bem,se vc é uma executiva ou uma faxineira,todo trabalho é valorizado,e tenha certeza que largar o emprego vai fazer tão falta pra ela quanto pra vc!

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  16. e vc acha que a pessoa que é empacotadora nas casas bahia,e que ganha um salario minimo é diferente a necessidades dela do que a sua só porque vcs estudaram e ela não?independente do status meu bem,se vc é uma executiva ou uma faxineira,todo trabalho é valorizado,e tenha certeza que largar o emprego vai fazer tão falta pra ela quanto pra vc!

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    1. Sandra,
      qualquer emprego é essencial. O que a Lu Brasil falou em seu post e eu assino embaixo é que é muito simples largar um emprego que não fazia diferença no orçamento doméstico e posar de herói! Pior, sair ditando regras e apontando o dedo para os outros...

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    2. Acho que o salário de uma "empacotadeira das Casas Bahia" faz tanta diferença no orçamento de uma família quanto o de uma executiva que "estudou muito" e "subiu degrau por degrau". O que muda é a realidade social.
      Enquanto a executiva "precisa" continuar trabalhando para pagar a escola particular e a viagem à Disney do filho, o carro novo e o condomínio do apartamento num bairro nobre, a empacotadeira precisa do trabalho de "um salário" para ter o que comer e pagar, mal e mal, as contas de água, luz e gás.
      Acho que é hipocrisia achar que para as mães assalariadas, que são maioria no Brasil, é fácil deixar de trabalhar pra cuidar dos filhos.

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    3. também penso assim, só pq nao podem receber mais, (o que elas gostariam) nao significa que a escolha delas seja mais fácil, ou melhor, elas nao tem nem o que escolher: é trabalhar ou passar fome... acho infeliz o comentário se referindo às empacotadeiras...cada um com a sua realidade e prioridades....

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    4. O comentário foi bem preconceituoso. Pareceu-me que as mães que "não têm" a opção de parar de trabalhar pq, como estudaram (muitas não tiveram esta oportunidade), ganham bem, são melhores do que as "empacotadeiras das Casas Bahia". Para mim, somos todas mulheres, lutando dentro da realidade que nos cabe. Ninguém é melhor do que ninguém, e esse é um dos princípios que passo pro meu filho.

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    5. Gente,

      Leiam o que a Luciane colocou com mais atenção. Eis as palavras dela numa resposta acima: "...é muito simples largar um emprego que não fazia diferença no orçamento doméstico e posar de herói! Pior, sair ditando regras e apontando o dedo para os outros..."

      É disso que trata o assunto. Empacotadeira que precisa do salário para ter o que comer não vai largar o emprego para ficar em casa com os filhos, vai é trabalhar e muito. Não é questão sd ser melhor, menor ou maior que a executiva. O que se está colocando é o fato de se ROTULAR a mãe que TEM que trabalhar porque não pode abrir mão do seu salário porque é dele que ela tira o sustento da casa, a escola dos filhos e, SIM, a viagem à Disney!

      Repetindo: largar um emprego de salário que se pode achar fácil e "posar de herói" é fácil também. Mas quando você TEM que trabalhar - mesmo que seja por um salário mínimo - não é motivo para se sentir culpada porque a outra - empacotadeira ou não - pôde ser dona de casa em tempo integral.

      Tenderam ou não?

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  17. Ótimo post Lu,fato é q nós mães sempre nos culpamos sim...Temos q saber lidar melhor c isso,se pudermos largar e quisermos,Ok...senão é administrar melhor o tempo c os filhos com uma melhor qualidade.Bjs. Trícia.
    http://delicinh.blogspot.com.br/

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    1. É isso aí. Concordo com você plenamente. Oque importa é a qualidade do tempo que passamos como eles.

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    2. Posso respeitosamente discordar ? Qualidade é importante ? Sim. Mas tempo tambem é essencial. Como ouvi de um pediatra famoso : Experimente falar para seu chefe que vc só vai trabalhar 3 horas por dia, mas que ele não precisa se preocupar pq serão 3 horas de muita qualidade ! Acho que ele não vai gostar muito.

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  18. Oi Lu, eu não era "empacotadeira da Casas Bahia" mas também não tinha um consultório, ou escritório próprio por isso foi fácil ser dona-de-casa e mãe em tempo integral.

    O erro é pensar que DONAS-DE-CASAS são seres inúteis.... já ouvi muita coisa nesse sentido, aqui mesmo nos comentários.... ser mãe e dona-de-casa é uma das profissões mais difíceis que existe, primeiro porque não existe curso nem faculdade pra aperfeiçoamento, você tem que exercer a função na marra e nesse função esta incluso ser psicologa, professora, enfermeira, chef de cozinha, administradora de empresa...não é fácil administrar um casa, administrar o tempo e delegar funções.

    A casa é uma empresa também, voce tem que saber organizar tudo... receber convidados, organizar festinhas, exercer "relações publicas" com professores, enfim, pra não prolongar muito o assunto, nunca chame uma dona-de-casa de preguiçosa pois os não temos a opção de 'FALTAR AO TRABALHO' porque estamos com enxaqueca, nem 'EMENDAR O FERIADO' nem 'PEDIR AUMENTO DE SALARIO', mas temos que trabalhar 24 horas por dia e muitas das vezes sem um pingo de reconhecimento da importancia que exercemos como PROFISSIONAIS DO LAR.

    Um beijo querida e inté.

    www.blogdagullo.blogspot.com.br

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  19. Eu acho que existem situações e situações, eu por exemplo, fui mãe com 19 anos, precisava trabalhar para manter minha família, mas não abri mão de estudar, de me esforçar e consegui um lugar ao sol...hoje meus filhos são adolescentes, e apesar de não ter vivido a infância deles 24 horas com eles,sei que essa minha decisão de trabalhar e estudar foi muito importante, eles me valorizam por isso, e se espelham em mim. Acho que se eu tivesse tido a opção de não trabalhar não sei se teria sido tão boa mãe como fui..largar meus sonhos pra me dedicar a ser mãe em tempo integral não sei se teria feito de mim uma ótima mãe. Cada pessoa deve saber o que quer da vida, não sei se vale a pena abrir mão de sonhos no caso profissional, pelo sonho de ser mãe, afinal sempre vai ficar a dúvida, será que fiz a coisa certa?. Hoje eu sei que eu fiz a coisa certa. Mas, no meu caso, além de precisar trabalhar, tinha aquela força familiar que investiram muito em mim, e eu não achava justo decepcioná-los. Outros, tem a chance de não precisar trabalhar e, talvez na cabeça dessas pessoas seja justo ou certo se dedicarem exclusivamente a maternidade, que confesso é um trabalho bem pesado.

    Tenha uma ótima semana.
    beijos
    http://meucantinhos.blogspot.com.br

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  20. Fui mãe cedo, com 22 anos e com 25 estava no segundo filho, por opção e também porque podíamos nos dar a este luxo, parei de trabalhar para me dedicar exclusivamente aos filhos, marido, casa, casamento etc..., não me arrependo, vivi um tempo de realização! A palavra de Deus diz que há tempo para tudo, tempo para plantar, tempo para colher...hoje com os dois filhos mais velhos casados e um caçulinha temporão para criar, e realidade é outra, tenho que trabalhar para ajudar no orçamento, mas, a maturidade, 50 anos de vida e um filhote de oito anos, me ajuda a aproveitar cada minuto do tempo que temos juntos, repenso na qualidade do relacionamento, com isso, não há espaço para culpas apenas a vontade de "chegar o próximo final de semana" para curtimos juntos o tempo que Deus nos dá! Amo demais meus filhos, mas, aprendi que temos que valorizar, cuidar e cultivar o relacionamento com o marido,nossa companhia na velhice!
    Beijos,
    Léa Santos
    Belém/Pa

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  21. Oi Lu! Que difícil essa parte, mulher! Minha pequena estava com quase seis meses quando voltei a trabalhar, foi tão difícil, chorei tanto! Mas meu salário é muito importante para pagar as contas e etc... como você mesma disse! Tenho amigas que dizem trabalhar para ter o próprio dinheiro, que não quer pedir as coisas pro marido, que o dinheiro delas é para o luxo, para um agrado pros filhos, pra passear e etc. Queria eu que meu salário fosse só pra isso, mas não, meu salário compra o arroz e feijão, paga a conta de luz e tudo mais. Eu choro quase todos os dias quando tenho que deixá-la, só melhoro quando chego ao trabalho e lá me distraío com os meus afazeres. A minha sorte porém, foi que meu período de trabalho é 90% noturno, eu leciono artes para jovens e adultos em uma escola estadual e raras tardes que eu trabalho (os demais 10%), então ela fica com o meu marido. Mas no começo foi bem complicado porque ela só mamava no peito e hoje ela está com 10 meses e ainda mama no peito, mas já aceita suco e comida, leite artificial nem pensar, odeia! E já aconteceu no começo do meu marido me ligar, e eu ouvir ela se matando de chorar ao fundo e ele dizer: "volta, não tem jeito!", e a culpa é devastadora! Eu me sentia como se tivesse saído pra bater perna no shopping, sabe?? Como se minha obrigação fosse estar do lado dela, quem sou eu para fazê-la sofrer?? E a tendência é meu trabalho aumentar e meu tempo com ela diminuir e vejo num futuro não muito distante uma escola... e só de pensar nisso e nesse futuro próximo, eu perco o sono! Eu não julgo ninguém, sabe? Cada um sabe da sua realidade! Só também não curto esses discursos moralistas do "minha verdade é absoluta", porque em nada na vida há uma verdade absoluta, muito menos na criação dos filhos! Eu só acho que o casal tem que ter muita certeza do que vai fazer e como, para que essa separação ou o largar o emprego sejam feitos de forma a não prejudicar a família, individualmente e como um todo. Meu sonho era viver do meu craft, não precisar sair tanto, ter um lugar para trabalhar onde fosse permitido a estada dela... perco tanto tempo no trânsito e tanto tempo com o planejamento das aulas em casa, que eu gostaria de usar com ela! Beijos.

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  22. Bem eu não era "empacotadora das casas bahia", mas era vendedora. A ausência do meu salário fez e faz falta no orçamento familiar; porém, vi que certas coisas precisam ser repensadas. Um dia fui buscar meu filho na escola no horário do almoço como fazia sempre e a professora me chamou e disse que ele estava muito rebelde e que ela já não sabia o que fazer e que provavelmente isso seria falta de atenção ( o fim de semana eu dedicava a ele, porém não tinha tempo de ajuda-ló nas tarefas! logo depois da reclamação da professora, entrei de férias e alguns dias depois, adivinhem! a professora elogiou e muito o comportamento dele e perguntou o que tinha de diferente. Foi ai que percebi o que eu precisava fazer, por mim e por ele, tinha dias que até eu chorava por não estar presente.
    Hoje ele já está um rapazinho de 9 anos e estou pensando em voltar, vou pesar e ver o que vale apena. afinal,eu adoro eu disse adoro está presente nas reuniões, ver as excelentes notas, e dá uma dó qd vou nas festinhas da escolas e vejo as crianças chorando porque as mão não foram.
    bjus! Edilaine


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  23. Olá Lu, sigo seu blog a muito tempo e se não me engano ja vi uma postagem sua sobre pintura em compensado, ja procurei e nao encontrei...queria saber de vc se realmente tem como pintar, pois estou mudando a decoraçao do quarto do meu filho e a cor da comoda não me agrada... obrigado gracieleamancio@hotmail.com

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  24. Post polêmico e acabei chegando aqui pelo seu post de hoje (01/10)...
    Olha Lu, vou dar o meu exemplo de vida que tem muito a ver com o que vc escreveu aí, apesar que não concordo com vc nem com a Lu Brasil.
    Estudei e me formei Psicóloga, chegando a pós-graduação na área de Administração. Comecei a trabalhar cedo na minha área porque realmente queria seguir carreira.
    Trabalhei por anos em RH e quando cheguei a Gerente de Treinamento de um banco aí famoso, me casei. Eu trabalhava muito e viajava muito. Ganhava bem e não precisava dispor do meu salário para ajduar nas despesas da casa, porque, graças a Deus meu marido sempre trabalhou e não necessitou dessa ajuda.
    Eu me sentia feliz pelo meu emprego e pelo meu trabalho até que tive vontade de engravidar. Nasceu meu primeiro filho e o deixei com a minha mãe para voltar da licença maternidade. Daí começou a "mudar a minha cabeça". Eu engravidei Lu porque queria ser mãe. E querer ser mãe pra mim, certo ou errado, é ser mãe mesmo! Me incomodava levar uma criança que eu tinha feito e que eu tinha obrigaçãod e cuidar, para a minha mãe. Ela que dava comida pro meu filho, que trocava suas fraldas, que brincava com ele...eu chegava do trabalho e ele já estava dormindo! E me sentia extremamente infeliz. Um dia, me sentei na frente da calculadora e fiz minhas contas. Eu trabalhava pra que? Por que? E não tive respostas. Parecia que eu gostava tanto do que eu fazia mas no fundo eu preferia a maternidade completa! E meu salário? Oras bolas, no fundo eu não precisava do carro último ano,das roupas de marca e nem da maquiagem importada. Poderia ter coisas mais simples e ser mais feliz. E escolhi parar de trabalhar.
    Veja, me exemplo não é da pessoa que precisa por comida em casa. É do exemplo da mulher que abdicou de uma carreira (eu era executiva, conheci o Brasil todo a trabalho e ganhava muito bem!) para cuidar dos filhos. E eu me realizo a cada dia nessa tarefa!
    Acho que o preconceito é de ambos os lados Lu. de quem diz que mães que escolhem ficar em casa são madames, folgadas e não sabem o que falam e também daquelas que julgam as mães que trabalham fora como se tivessem outra opção!
    Na realidade vejo um monte de mulher que não precisam trabalhar fora mas trabalham porque não suportam casa, marido e filhos! Preferem qq trabalho a ter que trocar uma fralda! E daí eu reforço a pergunta da moça que escreveu o primeiro comentário: porque engravidam? Para avós criarem? Para babás cuidarem? Para escolinhas educarem? Oras bolas! Vamos colocar os pingos nos is e parar de criticar e assumir: olha, trabalho porque acho um saco baba de criança. #prontofalei

    Bjs

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  25. Lola, realmente o post é polêmico, mas você fala de preconceito e dá uma maior exemplo dele. Não podemos rotular, acho que uma pessoa que não suporta casa, marido e filho, normalmente não assume estes compromissos. Você pode sim gostar de tudo isso e também amar a sua profissão e querer se realizar como profissional, independente de necessitar do dinheiro do seu trabalho. Lutamos por tanto tempo para sermos reconhecidas como "seres humanos" e de repente temos que escolher? Sou mãe, adoro meus filhos, não posso ficar com eles tempo integral, mas todos os momentos em que ficamos juntos são de muita qualidade. Sou profissional e adoro meu trabalho. É um puta sacrifício, mas estou feliz e realizada, com minha família e com minha profissão. Não vamos rotular, a realização é pode vir para cada pessoa de maneira diferente.

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    1. Lola, realmente o post é polêmico, mas você fala de preconceito e dá o maior exemplo dele. Não podemos rotular, acho que uma pessoa que não suporta casa, marido e filho, normalmente não assume estes compromissos. Você pode sim gostar de tudo isso e também amar a sua profissão e querer se realizar como profissional, independente de necessitar do dinheiro do seu trabalho. Lutamos por tanto tempo para sermos reconhecidas como "seres humanos" e de repente temos que escolher? Sou mãe, adoro meus filhos, não posso ficar com eles tempo integral, mas todos os momentos em que ficamos juntos são de muita qualidade. Sou profissional e adoro meu trabalho. É um puta sacrifício, mas estou feliz e realizada, com minha família e com minha profissão. Não vamos rotular, a realização pode vir para cada pessoa de maneira diferente.

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  26. Lola, realmente o post é polêmico, mas você fala de preconceito e dá uma maior exemplo dele. Não podemos rotular, acho que uma pessoa que não suporta casa, marido e filho, normalmente não assume estes compromissos. Você pode sim gostar de tudo isso e também amar a sua profissão e querer se realizar como profissional, independente de necessitar do dinheiro do seu trabalho. Lutamos por tanto tempo para sermos reconhecidas como "seres humanos" e de repente temos que escolher? Sou mãe, adoro meus filhos, não posso ficar com eles tempo integral, mas todos os momentos em que ficamos juntos são de muita qualidade. Sou profissional e adoro meu trabalho. É um puta sacrifício, mas estou feliz e realizada, com minha família e com minha profissão. Não vamos rotular, a realização é pode vir para cada pessoa de maneira diferente.

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  27. Li os posts e fiquei me perguntando: filhos pra quem?
    Pra creche? Berçario? Avós? Babás?
    Não dá pra ter um projeto dessa importância - filho - e planejar a terceirização!
    Como se passa num concurso? Se consegue uma promoção? Arregaçando as mangas e estudando, trabalhando muito.
    Dá pra terceirizar? Não.
    Dá pra concluir um grande projeto profissional, ligando pra mãe, vizinho ou qualquer terceiro fazer por nós?
    Depende da gente.
    Filho também. É da natureza. Os animais são assim: os pais cuidam dos filhotes. Ou alguém já ouviu falar em creche pra filhotes de raposa ou baleias?
    Como se faz uma excelente profissional? Com dedicação. E uma mãe? Da mesma forma.
    Não dá pra ser boa em tudo. Não mesmo. Sendo ou não mãe em tempo integral. Mas ajuda muuuuito cuidar de verdade do próprio filho. Praticando, mesmo, a gente alcança as "promoções, os cargos, reconhecimento...de fazer o trabalho mais importante do mundo: criar gente.
    Criar, porque fazer é prazeroso e nem dá trabalho.
    Acho melhor se perguntar: eu quero mesmo ter filho? Eu sei o que isso significa? Eu quero preencher mais um item da lista? Tipo: emprego - ok; corpo - ok; casamento - ok; viagens - ok? E filhos?
    A gente não faz uma pessoa pra ser feliz e preenchida.
    A partir do dia em que ela nasce, ela vai ser seu principal item da lista.
    E dá pra acreditar em terceirização?
    Não mesmo.

    Abraço

    Ju

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  28. Nossa Lu, esse assunto vai muito além do simples: "posso ou não posso?". Primeiro tem a possibilidade em si de ficar sem o salário; depois tem a vontade/possibilidade de abrir mão de algumas coisas para poder deixar o emprego e, por que não, também tem a vontade da mulher de continuar trabalhando ou não! É muito simplista acusar a que trabalha e também muito simplista dizer que a que opta por ficar em casa tinha tudo a favor para isso!! Esse assunto é um daqueles que um não deve dar pitaco na vida do outro, mas o que mais temos hoje são pessoas falando e fazendo teses sobre tudo (e, claro, sobre a vida alheia). Antigamente conversávamos cara a cara, então quando você ouvia a minha história, ouvia a história toda, né? Hoje não, hoje cada um tira suas conclusões, divulga na internet e acha que todo mundo está no mesmo saco!! Eu escolhi parar de trabalhar, pedi demissão e era concursada. Tinha chances enormes de fazer carreira porque o banco estava passando por uma grande expansão na época... mas essa é MINHA escolha e MINHA possibilidade!! Abri mão de muitas coisas para isso, mas eu segui o que o meu coração mandou (e eu não gostava de trabalhar no banco!! hahahaahahahha). Eu acho que independente da decisão, ela precisa ser tomada de maneira consciente!! Cada sabe o que é melhor para si e fazer algo só porque é o "que dizem que é melhor", com certeza não é a melhor escolha!! E essa história de fazer uma coisa e ficar acusando outras que não fizeram já encheu mesmo!! Saí de um monte de grupo do facebook por causa disso!! Discussão mais à toa e que não leva a nada!!

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  29. Eu sou mãe e sou universitária, apesar de não trabalhar me enpenho bastante na faculdade. A credito que tempo com os filhos é muito importante. Senti muita falta da minha mãe, pois ela trabalhava muito durante minha infância e adoslescencia. Acredito que ela deveria ter dedicado mais tempo com a família, tendo um negócio próprio ela trabalhava muito mais que as 40 horas semais da maioria. Fui criada pelas empregadas, e isso não é algo legal, principalmente pelo fato dela não ter ficado muito tempo com menhuma delas. Era uma criança sozinha e triste, e sei a falta que uma mãe faz na vida da gente. Sentia falta dela me pegando na escola, me levando para passear, se envolvendo em minha vida, e moria de inveja de crianças que tinham mães que não trabalhavam. Hoje tenho minha vida, mas tento priorizar meus filhos, e deixo de fazer muita coisa por mim em função deles.
    não adianta tapar o sol com a peneira, por mais que as mães necesitem trabalhar, o tempo com seus filhos é fundamental, e a culpa na verdade é a voz que diz que algo não está legal.
    Eu sei que muita gente simplesmente não pode se dar ao luxo de parar de trabalhar, mas filho necessita de mãe.

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  30. Eu trabalho fora, estudo, costuro nas horas vagas, mexo com fotos, e tenho 2 filhos em idade escolar: faço a lição com eles, os levo ao cursos, fazemos nataçcão juntos a noite, passamos muito tempo juntos em parques e etc. Controlo as notas dlees tim tim por tim tim, sei a matéria que estão aprendendo na escola, quando tem prova, etc... tenho sim uma empregada que cuida da CASA, mas mesmo trabahando fora quem cuida dos meus filhos sou eu. Super mulher? Não, mãe consciente da minha responsabilidade.
    Conheço e tenho amigas que ficaram em casa para se dedicar aos filhos, as mesmas não sabem nem quem são os professores dos filhos... então carissimas, tudo é tão relativo nesta vida.
    Não sou rica não, batalho e sair do emprego me faria uma grandissima diferença, optei por ser uma mãe que meus filhos admirem.
    Não critico ninguem, apeas é o meu depoimento.
    Bjs, adoro este blog.
    Eli Nogueira
    SP/SP

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  31. O ponto não é a escolha de trabalhar ou não e sim sentir culpa. Com frequência a culpa pela ausência leva a querer "compensar" os filhos e muitas vezes as pessoas fazem essa compensação com presentes e mimos (o que não considero adequado)sem falar na perda de qualidade de vida da mulher. Acho que a melhor opção é decidir com base no que é importante para cada um e fazer o melhor que puder dentro das possibilidades.
    Não sou mãe, mas convivo com várias e todas sem exceção cometem erros e acertos. Por melhor que uma mãe seja isso não garante o sucesso na criação dos filhos. Filhos de uma mesma mãe e com a mesma criação seguem caminhos diferentes. Acho que todas as mães devem se dar conta de que elas não são as únicas capazes de influenciar na formação dos filhos e que crianças têm temperamentos e aparatos mentais para codificação de experiências diferentes uns dos outros.... Cada caso é um caso...
    Ser mãe é fé e não ciência. Você faz o melhor que puder e espera que isso dê frutos...

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  32. A culpa serve para vender mais e mais brinquedos, doces, roupas, todas essas coisas que se ventem nos comerciais para mães culpadas. (porque os comerciais de coisas de crianças são para mães, principalmente as culpadas!)

    Eu acho que não há mais muito espaço para se decidir sobre trabalhar ou não. Acho que a decisão é sobre ter um filho ou não. E eu, pessoalmente e radicalmente, acho que não há meios de uma mulher ser mãe e profissional dedicada ao mesmo tempo. Pode-se ser uma boa mãe, e uma profissional capenga. Ou o contrário. Mas os dois ao mesmo tempo não dá.

    Sim, eu entendo que meu pensamento é simplista e até generalista. Mas não há meios de comparar um profissional pai e uma profissional mãe. Pelo menos não hoje em dia. Afinal, que mãe zelosa não sairia no meio de uma reunião de trabalho importante se souber que seu filho sofreu algum acidente?

    Quem sabe um dia, os homens tenham direito a 6 meses de licença junto com a mulher (JUNTO) e sejam eles avisados quando alguma emergência acontecer na escolha. Hoje ainda não é assim.

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  33. Lu, acrescento uma outra pergunta ao seu post: será mesmo que a maioria das mães adoraria ficar em casa com os filhos o tempo inteiro? Minha bebezinha ainda está super pequena, mas já estou ansiosa para voltar a trabalhar, embora eu saiba que vai ser muito difícil, vou morrer de saudades, ansiedades e... culpa, claro!

    www.osamoresdelulu.blogspot.com

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  34. eu acho que trabalhar fora ou nao seria decisao de cada um,ou seja tem pessoas que acham um absurdo uma pessoa ser dona de casa e outras acham um absurdo trabalhar fora,creio que se cada um tomasse conta de sua vida seria mais interessante e haveria menos problemas,pois cada familia tem seu sistema,e isso deve ser resolvido entre a familia.Conheco medicas que abandonaram a carreira em favor do filho e donas de casa que precisaram comecar a trabalhar,enfim acho que se alguem te critica porque trabalha fora deve ser alguem com falta do que fazer,pois so com a minha propria vida ja nao dou conta e busco alternativas pra aperfeicoa la imagine se eu ficar dando opiniao na vida alheia.
    O importante e ser feliz e ter a familia feliz.

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  35. Nossa, eu nunca havia visto um post tão preconceituoso como este na rede!
    Então as mães que são mães de verdade e não simplismente pessoas que dão a luz ou são pessoas ignorantes no sentido de não terem estudo ou de cargos inferiores??
    Quanta ignorância Senhor!
    Eu acredito que tanto as "culpadas" que se justificam socando brinquedos para as crianças quanto as "desencanadas" que eu realmente não sei para que resolveram ter filhos se é para ser criados exclusivamente pelos outros e visitados pelos proprios pais são pessoas que precisam refletir no por que ter filhos.
    Precisamos refletir na diferença entre TER e SER, ter filhos e ser mãe são coisas diferentes. Ninguem vai crucificar quem não quiser ter filhos, mas usar essa desculpa do "dar tudo do bom e do melhor" ao inves da sua companhia chega a ser indecente.

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  36. Muito interessante a temática...li até muitos comentários. A verdade é que não há regra. Eu larguei a minha carreira de advogada para repensar minha vida - ainda não tenho filhos - e descobrir em que dinâmica eu fico melhor. Sou casada e penso em ter filhos em dois anos. Ou seja, não basta pensar em filhos apenas, mas, como algumas já disseram, na dinâmica da família. O que é melhor para cada família e isso só o casal consegue planejar.
    Um abraço e parabéns pelo blog.

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  37. A questão é ainda mais complicada. Nem todas as mães que não trabalham, ficam em casa com seus filhos. Nem todas gostam dessa opção ou curtem passar os dias com as crianças. Por outro lado, nem todas as mães que trabalham fora se sentem culpadas ou gostariam de parar de trabalhar. E algumas das mães mais radicais são frustadas e se ressentem da decisão de abandonar a carreira, mas se sentiriam culpadas em admitir isso, pois precisam se achar "a mãe perfeita". Enfim, seres humanos são muuuuito complexos!
    Beijos e parabéns pelo dia de hoje!
    Roberta

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  38. Oi pessoal!
    Eu sou mãe em tempo integral por amor e por responsabilidade às crianças que coloquei no mundo! Sou psicóloga com pós-graduação em neuropsicologia e oito anos de experiência clínica e escolar. Trabalhei, estudei muito, subi muitos degraus e quando decidi ser mãe, eu decidi SER mãe! Deixei o " o que EU preciso, o que EU mereço", "o que eu construí" para criar e educar meus filhos. Estou muito feliz! Não abri mão da minha vida, abri mão de ficar ao redor do meu umbigo e sabe.... consigo educar meus filhos numa boa sem ele. A questão, na minha opinião é que podemos ter tudo na vida, mas não ao mesmo tempo. As crianças vão crescer e a gente retoma nossa vida, aos poucos ,e nossa liberdade. Mas eles precisam de nós. Nós colocamos eles no mundo. Eu não me sentiria bem em colocar um filho no mundo e no momento que ele mais precisa eu não estar ali por qualquer razão. Não se trata de culpa, mas sim de responsabilidade pelas nossas escolhas.
    Quanto a necessidade financeira, existem, hoje em dia, muitas opções de renda em casa. Eu mesma encontrei algumas que estão dando certo!
    Cada um sabe de si, não estou criticando ninguém, apenas reforço que temos que olhar primeiro para o que os filhos precisam. E eles precisam da mãe, principalmente nos primeiros anos. O jeito de maternar é de cada um , mas tem que ser feito pela mãe!
    Lola, concordo plenamente contigo, e fiz muito parecido. Não cheguei a pedir ajuda para minha mãe , mas deixei a profissão de lado e você sabe o quanto custa se firmar nesta área!
    Beijos a todas!

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  39. Adorei seu blog e já estou seguindo...

    O problema maior, na minha opinião, é que as pessoas se esquecem de que cada ser humano É ÚNICO e tem NECESSIDADES diferentes. Nem todas as mulheres que têm a chance de ficar em casa em tempo integral, são felizes com isso. Querem retomar ao trabalho (com necessidade ou não) e fazer outra coisa além de cuidar da casa e das crianças.
    Sinceramente, eu não vejo problema nenhum a pessoa sem precisar, querer voltar ao trabalho. É uma necessidade DELA e devemos respeitar. Desde que ela tenha um tempo de qualidade com seus filhos, dando todo o suporte necessário para que a criança se desenvolva da melhor maneira possível,não vejo problema mesmo.
    Há tantas mães que ficam em casa e não aproveitam, não tem tempo de qualidade. Algumas mães trabalham fora e conseguem ter mais tempo de qualidade com os seus filhos do que outras que ficam o dia inteiro em casa, pois essas sabem a falta que faz ficar longe do filho o dia inteiro.

    Eu sou mãe em tempo integral. Tenho uma profissão e larguei a faculdade. Estou em casa por ESCOLHA. Penso em retomar estudos e começar uma carreira, mas vou aos poucos. Como disse a Fernanda, eles precisam muito de nós nos primeiros anos então SE eu posso me dar ao luxo de dar esse suporte nesses anos, farei o possível para ficar em casa e assim que decidir retomar 'meu caminho', darei um jeito de conciliar.
    O importante é estarmos TODOS bem e com suas necessidades emocionais (além das materiais) satisfeitas.

    Beijos!!!

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  40. A Fernanda Gonçalves está coberta de razão. E ser mãe em período integral ou não dos filhos passa a ser questão de opção somente pela ótica da mãe já que os filhos não podem opinar não é mesmo? Li muitos EU, EU, EU... EU e meu emprego, EU e tudo o que estudei, EU e meu grande salário,Eu e meu DINHEIRO, EU e meu DINHEIRO para o futuro de meus filhos, orçamento da casa... EU e meu concurso.... E seus filhos? Esse papo de "tempo de qualidade" já caiu por terra, e os danos emocionais para os filhos são muitos longe de suas mães. Pesquisem mais! Há neurologistas, pediatras e muitos outros pesquisadores tentando nos alertar. E claro... sabem de onde vem toa essa CULPA a que a maioria aqui se refere? Da consciência de vocês que sabe muito bem aonde e com quem deveriam estar quando nascem seus filhos... É a nossa consciência chamando para a realidade. Todo esse esquema econômico que vocês dizem ser a realidade, na verdade é só mais uma imposição vertical vinda do alto da pirâmide social e se quisermos mudar isso temos que ter a coragem de nos impor a esse sistema, aí quem sabe conseguiremos viver melhor as nossas vidas e garantir todas as necessidades de nossos filhos. Ah, claro! Seus filhos crescerão e buscarão o próprio dinheiro mas jamais poderão compensar a ausência de suas mães.

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  41. A Fernanda Gonçalves está coberta de razão. E ser mãe em período integral ou não dos filhos passa a ser questão de opção somente pela ótica da mãe já que os filhos não podem opinar não é mesmo? Li muitos EU, EU, EU... EU e meu emprego, EU e tudo o que estudei, EU e meu grande salário,Eu e meu DINHEIRO, EU e meu DINHEIRO para o futuro de meus filhos, orçamento da casa... EU e meu concurso.... E seus filhos? Esse papo de "tempo de qualidade" já caiu por terra, e os danos emocionais para os filhos são muitos longe de suas mães. Pesquisem mais! Há neurologistas, pediatras e muitos outros pesquisadores tentando nos alertar. E claro... sabem de onde vem toda essa CULPA a que a maioria aqui se refere? Da consciência de vocês que sabe muito bem aonde e com quem deveriam estar quando nascem seus filhos... É a nossa consciência chamando para a realidade. Todo esse esquema econômico que vocês dizem ser a realidade, na verdade é só mais uma imposição vertical vinda do alto da pirâmide social e se quisermos mudar isso temos que ter a coragem de nos impor a esse sistema, aí quem sabe conseguiremos viver melhor as nossas vidas e garantir todas as necessidades de nossos filhos. Ah, claro! Seus filhos crescerão e buscarão o próprio dinheiro mas jamais poderão compensar a ausência de suas mães.

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  42. Que polêmica... entrei no Blog pra me sentir mais confortável, e fiquei ainda mais confusa... sou mãe de 2 meninas... uma de 9 anos e uma de 3 anos, há 8 meses estou me dedicando em tempo integral para elas, justamente focada nesse futuro, em ter crianças mais seguras e estáveis emocionalmente... mas fico muito angustiada, pensando que estou desperdiçando minha carreira, oportunidades de trabalho incríveis... que me deixam balançada quanto a minha decisão... é muito difícil se adaptar somente a renda do marido, e dedicar esse tempo para os filhos... ser mãe é complexo... preciso ter as respostas certas para cada idade, dedicar tempo e carinho em iguais proporções a cada uma, ser disputada, horas a tapa horas a gritos... as vezes me sinto esgotada, pois a maternidade é árdua... eu tinha duas funcionárias pra cuidar delas e da casa, agora cuido de tudo sozinha... Espero que esteja no caminho certo, pois ainda corro o risco de ouvir: ficou com a gente porque quis... a escolha foi sua... e rezo para ouvir: graças a dedicação da minha mãe sou o que sou.... sentimentos confusos, incerteza.... medo e um amor que não cabe no peito... a cada abraço, a cada carinho, a cada palavrinha mágica o sentimento de orgulho é imenso... percebo que muita coisa melhorou nos hábitos alimentares, na saúde, na amizade entre as duas, e no respeito delas com a família (pai mãe e entre as 2) mas não nego, que tenho fantasmas que me assombram se estou fazendo a escolha certa.

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Obrigada pela visita!

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